quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

OBAMA - PRIMEIRO ANIVERSÁRIO

Faz hoje um ano que, às 14H45 (19H45, hora de Lisboa), Barack Hussein Obama tomou posse como 44º Presidente dos Estados Unidos da América. Pela primeira vez, um negro chegava à presidência da maior potência mundial, abrindo um leque de esperanças na esquerda mundial. E com razão. Negro, do Partido Democrático, e possuidor de um discurso fluente e inspirado, era a luz que se acendia no fim do túnel do consulado Bush.
Foram muitas as promessas na campanha eleitoral, como sempre acontece. Parafraseando, na teoria a prática é outra. Os politólogos, classe de que não me lembro de ouvir falar quando era novo, contaram 300 compromissos assumidos, aproveitando eu para gabar a pachorra de contar estas coisas.
Parece que 91 dos principais foram já cumpridos, 14 falharam, e o resto está em banho-maria.
Dos primeiros, salienta-se o início da retirada do Iraque; a escalada no Afeganistão, com duplicação dos efectivos ali presentes; o levantamento das restrições aos cubano-americanos de enviar dinheiro para Cuba e de viajar para lá; o fim das prisões secretas e das torturas da CIA; a abolição de algumas limitações à investigação com as células estaminais; e o maior envolvimento no conflito do Próximo Oriente.
Dos não cumpridos até agora, refira-se o encerramento de Guantánamo, a legalização dos imigrantes sem documentação, o reconhecimento do genocídio arménio, a suspensão dos impostos aos reformados com rendimento inferior a 50.000 dólares, e a transmissão televisiva dos debates sobre o serviço de saúde.

O balanço é bom, embora francamente abaixo da expectativa criada pelo brilho da retórica. Mas estamos no início do mandato e o homem mal teve tempo para aquecer. Aguardemos e vejamos a performance depois do primeiro quarto de hora de jogo.

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