domingo, 21 de fevereiro de 2010

CIÊNCIA, IMAGINAÇÃO E ARTE





Cerca de 1900, pensava-se que os átomos eram esferas permeáveis (Fig. 1). Em 1909, Rutherford e os seus discípulos, Geiger e Maersden, verificaram que não era assim: existia no átomo uma estrutura com carga eléctrica e impermeável a algumas radiações – o núcleo.
Para chegarem a tal conclusão, colocaram em frente de uma fonte radioactiva, emissora de partículas alfa, um alvo delgado de ouro, cercado por envólucro revestido de sulfato de zinco, de modo a que as partículas alfa, ao chocar com a parede do envólucro, deixavam marcas (Fig.2). Se os átomos de ouro fossem permeáveis, como se pensava, todas as marcas ficariam aproximadamente no mesmo local do envólucro (Fig. 3).
Contudo, não foi isso que Rutherford verificou. De facto, a maioria dos impactos ocorreu no centro mas, para surpresa de muitos, apareciam noutros pontos em locais variados do ecrâ (Fig. 4). Rutherford explicou isto com a presença no interior do átomo de um objecto denso, pequeno e carregado positivamente - as partículas alfa também têm carga positiva (Fig. 5).
A maior parte da radiação passava pelo intervalo do núcleos dos átomos do ouro, mas alguma era desviada por eles, fazendo “ricochete” (Fig. 6).
Esta experiência, bem simples, foi a pedra fundamental para o desenvolvimento da actual Física Atómica, que já vai em coisas como o acelerador de partículas do CERN em Genebra.
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Nota - Por razões técnicas, é muito difícil numerar as figuras do texto. São 6 e contam-se por ordem crescente de cima para baixo.

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