sábado, 17 de julho de 2010

"ULTRA-LIBERAIS" OU "NEO-LIBERAIS" VS "SOLIDÁRIOS"



Já tive oportunidade de fazer doutas considerações sobre os ciclos alternantes de governos socialistas e menos socialistas. Falo em tese e não no caso concreto português porque o fenómeno é planetário. A regra é um movimento ondulatório em que a despesa pública atinge o pico na fase socialista e desce ao vale na não socialista. O comprimento de onda varia com a duração relativa dos governos, o que depende do tempo consumido pela demagogia socialista, também chamada "solidária", a exaurir o tesouro, primeiro, e a endividar a nação até aos colarinhos, depois. A fase não socialista, também conhecida por “não solidária”, demora justamente o tempo necessário para pagar os calotes e conseguir crédito para novo endividamento da pátria. É simples!...
No Reino Unido, acabámos de assistir à passagem do testemunho “solidário” e prá-frentex para o “não solidário”, parolo, provinciano, mesquinho e, não digo salazarento porque a personalidade não é muito conhecida lá, mas digo bafiento e retrógado: sem respeito pelos valores sociais e sem vistas largas – talvez “ultra-liberal”, ou “neo-liberal”.
Então, na terra de Sua Majestade acaba de ser praticada uma ameaça à livre circulação, expressão, manifestação e liberdade das ideias: o governo conservador-liberal - “não solidário” – diz ter a BBC de frenar as despesas, sob pena de lhe ser cortado o financiamento. Não pode!... E a Cultura?...
O pobre Secretário da Cultura balbucia entaramelado e tímido que as finanças estão muito mal e é urgente cortar nalguma coisa. Diz que o pessoal da estação não pára de aumentar e a despesa com vencimentos da administração subiu de 4.601 milhões de libras em 2008-09, para 4.769 milhões em 2009-10. E que o vice-director-geral, Mark Byford, acaba de gastar quase 6.000 euros para ir à África do Sul assistir à final do Campeonato do Mundo de Futebol; e que Jana Bennett, controller of vision, apresentou uma conta de 2.811,54 euros em despesas de táxi no primeiro trimestre deste ano; e Erik Huggers, director of future media and technology, 3.480,06 euros, também para táxis, no mesmo período; e Caroline Thomson, chief operating officer, 4.011,02 euros; e que só com os três foram mais de 10.000 euros para táxis no trimestre; e que Mark Thompson, director-geral, gastou 817,14 euros num jantar em S.Francisco, em Janeiro! Not bad digo eu!...
É claro que toda esta malta vai mudar de vida. Como os subsídio-dependentes da segurança social; como os artistas mamões do erário público; como os teóricos “solidários” que vivem à direita e pensam à esquerda; e como blá, blá, blá.
Mas é só esperar até nova eleição: a demagogia socialista espera e tem o voto deles garantido, mais o de gente com fraca memória.
Treinos de memória é que os "neo-liberais", ou "ultra-liberais", deviam promover durante a travessia do vale ondulatório.
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