quarta-feira, 25 de maio de 2011

CALOTE: O NOVO 'EX-LIBRIS' DE PORTUGAL

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O Torrão Luso tem mais de 5 mil milhões de euros em facturas incobráveis, ou seja, dívidas que nunca chegaram a ser pagas. De acordo com o último relatório do Índice de Pagamentos Europeus, Portugal é o segundo maior incumpridor. Pior só a Grécia, dizem os especialistas. Facturas que ultrapassaram o prazo de validade, só em 2010, aumentaram 14% e, quanto mais tempo as facturas ficam por pagar, mais difícil se torna cobrar dívidas.  
Ao ler a notícia, lembrei-me da peça de um plumitivo do “Expresso”, lá das profundidades da esquerda cavernícola, ridicularizando quem acha que o consumo deve ser comedido, de acordo com os recursos de cada um. Para o janota, só reaccionários egoístas pensam assim e é, por isso também, defensor do comprar “aquilo de que se precisa”, independentemente de ter ou não dinheiro; podendo  “aquilo de que se precisa” ser o automóvel, o plasma, o telemóvel com GPS e Net, a "Bimby" e outras cangalhadas do género. Quem paga, logo se vê, julgo ser a sua posição. E julgo porque também é dos defensores convictos de renegociar a dívida portuguesa, isto é, de não a pagar - ponto.
O espírito de endividado caloteiro não faz parte do património genético do português, deve dizer-se, fazendo justiça ao indígena desta terra perdida para cá dos Pirinéus. Foi-lhe incutido por políticos alarves e demagogos paridos no 25 Barra Quatro e atingiu o clímax com as governações socialistas, que em todo o lado onde são conhecidas se distinguiram invariavelmente por arruinar a fazenda das nações, deixando para os vindouros o ingrato trabalho de recuperar o cabedal estafado. Basta olhar para a taxa de poupança pós 74 para se constatar o que digo. Gastar o que se não tem, contrair dívida que  não se pode pagar, e esperar o milagre quando os credores batem à porta foi o novo estilo adoptado pelos governos e pela sociedade civil desta ditosa Pátria. Deus os abençoe.
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