terça-feira, 31 de maio de 2011

PLANO B? QUAL 'B'?

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Na primeira metade da próxima legislatura vão concentrar-se todas as medidas restritivas e reformas no funcionamento da economia, de tal forma que, em fins de 2013, se torne visível que a dívida parou de crescer e o crescimento económico dá sinais claros de começar a acelerar. Só assim o País sairá da armadilha da dívida, na qual se acha agora enredado.
Para concretizar as tais 251 medidas vai ser necessário ser preciso, rápido e muito eficiente, sem sofrer travagens ou reversões de política por falta de uma base de apoio político suficiente. Nesse sentido, o líder do CDS, quando apela à redução do clima crispado da retórica eleitoral, situa-se na posição-chave de quem tem um aliado preferencial, mas não desdenha o diálogo político construtivo e alargado, mesmo com quem não queria, se as urnas a isso obrigarem. Paulo Portas, politicamente sábio e hábil, tem claramente um plano B, mesmo que, por eventual cálculo eleitoral, não o enuncie abertamente.
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Isto lê-se no Editorial de hoje do “Diário de Notícias” e significa que o CDS pode contribuir para a sobrevivência política do Zézito. Em caso de derrota do PSD, não fica arredada a hipótese de o governo continuar a ser exercido pelo PS, ainda que sem Zézito no governo mas na condução política do principal partido de uma coligação. É bom pensar bem nisto antes de votar.
Como já disse, qualquer que seja o governo saído destas eleições vai ser um executivo medíocre, pois a qualidade dos potenciais protagonistas não permite esperar melhor. Uma coisa, contudo, deve ser garantida: que gente perigosa como o Zézito, mas também Silva Pereira, Santos Silva, Vieira da Silva e outros que tal, sejam afastados da área da governação. É a prioridade; mas o CDS, eventualmente o partido com gente de melhor qualidade neste momento, não dá sinal claro de isso acontecer. Embora Portas diga que não governará com o Zézito, não afasta com clareza outros cenários perigosos, nomeadamente a sobrevivência política da personagem, fora do governo mas no PS a influenciar a política nacional.
Como diz Ferreira Leite, mais importante que encontrar um novo Primeiro-Ministro, é afastar o actual, homem intelectual e culturalmente nulo, e perito em explorar a ingenuidade e falta de senso e esclarecimento do eleitorado, acrescento eu. Concentremo-nos, por ora, em afastar o que não presta.
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