sexta-feira, 24 de junho de 2011

MALHAR NA DIREITA

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Daniel Oliveira é cronista do “Expresso” on line, intelectual encartado, e “de esquerda”. Está contra o governo recentemente eleito, naturalmente, e não consegue refrear a fúria de começar a malhar no executivo, porque é mau (o executivo, entenda-se); e, se não é, devia ser porque é “de direita”. Hoje escreve assim:

De que me serve um governo que viaja todo em económica se depois privatiza a preço de saldo o património do Estado, causando um rombo sem remédio nos cofres públicos? De que me serve um governo com poucos ministros que implementa uma política de austeridade tal que transformará Portugal numa segunda Grécia? Resumindo: o que me interessa o simbolismo dos pequenos gestos se os grandes gestos forem irresponsáveis?

Portugal precisa de muita coisa, infelizmente, incluindo a redução drástica de despesas supérfluas, que são muitas. Desde as pequenas até às grandes. É uma boa ideia dar um sinal a todos quantos se banqueteiam à custa do erário público. A iniciativa do Primeiro-Ministro teve exactamente essa finalidade e foi bem pensada. Ataca uma parte pequena do problema, mas o problema é o somatório de muitas partes, incluindo esta. Todos estão de acordo com isto, mesmo os que dizem não estar porque é impensável para eles admitir que Passos Coelho fez qualquer coisa bem feita.   
Eu também não sei se o governo presta, ou se vai governar bem e, embora deseje ardentemente que sim, para bem de nós todos, tenho dúvidas depois do que vejo há décadas. Para já, acho bem o procedimento de Passos Coelho no que respeita à cena dos aviões, mas penso que se comentou excessivamente facto tão insignificante. A notícia chegava. Agora, pegar numa coisa destas para começar a descascar no governo, profetizando desgraças futuras e hipotéticas, não lembra ao Diabo. Só mesmo a alguém das profundezas mais profundas “da esquerda”!
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