domingo, 26 de junho de 2011

O ACTO DE CONTRIÇÃO

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Segundo o “Diário de Notícias”, Mário Soares terá dito que “O PS tem de ser refundado de alguma maneira, tem de ser melhorado, tem de discutir política a sério e tem de ter política a sério e grandes ideias para o futuro". Depois de ler isto, fiquei mais tranquilo porque, afinal, o Dr. Soares acha que o PS não tem discutido política a sério e não tem tido política a sério. E, presumo eu com boa fé, que isso é desgraça dos últimos anos, fruto da acção do incontornável Zézito.
Tiro o chapéu ao Dr. Soares, com quem não posso estar mais de acordo nesta matéria. Várias vezes manifestei surpresa pela passividade de tanta gente responsável do PS perante as enormidades parolas e pouco limpas do aramista Zézito. Finalmente, vem uma personalidade grada do partido reconhecer isso. Outros, talvez, farão agora o mesmo. Mas porque não antes?
O problema tem a ver, admito, com o pensamento registado há horas aqui em baixo: é preciso conservar o poder, porque ter poder é bom, mesmo que não muito prestigiante. Só assim se explica a presença do Dr. Soares ao lado do Zézito na campanha eleitoral, e aquelas cenas deprimentes do congresso de Matosinhos, onde gente com obrigação de ser responsável, como Vitorino, Assis, Costa e outros janotas, colaborou num  Xfilm digno de Kim Jong il.
Chegou a hora do PS recitar o acto de contrição, e o Dr. Soares, mai-lo Assis e o Seguro, já começaram a recitação. Mas não aprendem, digo-vos eu! Na próxima, voltam a cair em tentação e fazem o mesmo.
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