segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

CIÊNCIA QUASE OCULTA

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O volume de água em toda a Terra mantém-se constante e corresponde aproximadamente a mil e quatrocentos milhões de quilómetros cúbicos (1.400.000.000 km3), o que é muita água. Está armazenada em vários reservatórios, desde os oceanos, com cerca de 97% do total, estando 2% congelada (69,5% da água doce do planeta), até aos lagos, rios, aquíferos – formações rochosas subterrâneas contendo água – e atmosfera. Do exposto, pode concluir-se que existe no estado líquido, sólido e gasoso.
A água não é um bem estático: circula de reservatório para reservatório, mudando muitas vezes de estado e influindo por esse processo, chamado ciclo da água, na configuração geológica da Terra e no clima. Através da erosão dos locais por onde flui, e da sedimentação dos compostos que transporta dissolvidos, muda as características do solo e subsolo; e pela absorção de energia calorífica quando evapora, e libertação da mesma energia quando condensa, produz modificações climáticas perceptíveis por todos.
Um exemplo típico de ciclo da água começa com a evaporação nos oceanos e consequente passagem à atmosfera sob a forma de gás - vapor de água. Nas camadas altas da atmosfera o vapor pode condensar em pequenas partículas de água que formam as nuvens. Tais partículas, a menores altitudes caem na superfície da Terra sob a forma de chuva, ou precipitação. Dependendo da temperatura, a precipitação pode ser líquida ou sólida, neste caso neve ou granizo. Cada ano, cerca de 119.000 km3 de precipitação caem em terra e 450.000 km3 no mar.
A chuva caída no solo pode ser levada directamente de volta ao mar pelos rios, pode evaporar-se regressando à atmosfera, ou ser absorvida pelo solo, entrando ou não em aquíferos. À volta de 2.200 km3 da água absorvida corre no solo, sobretudo a pouco mais de 500 metros de profundidade.
Nas florestas, a água que penetra no solo é absorvida pelas raízes das plantas e libertada pelas suas folhas, como vapor. Em grandes áreas florestais, acontece precipitar novamente e ter novo ciclo solo-planta-ar: é frequente na Amazónia.
A terminar, recorde-se a importância do ciclo da água na renovação dos reservatórios de água doce potável. O ciclo oceanos-atmosfera-solo constitui a mais colossal operação de filtração de água do mar, jamais atingível pela tecnologia humana.
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