sábado, 18 de fevereiro de 2012

SOMOS OS MAIORES!...

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Uma das clássicas interrogações humanas prende-se com a existência de vida fora da Terra. É caso para dizer que é dos livros, e dos livros mais antigos, muito anteriores ao “rascunho da Bíblia”.
Primeiro, constata-se que existem muitos corpos celestes a orbitar estrelas semelhantes ao Sol, os chamados exoplanetas, sósias da Terra. Depois, é admissível, até provável, que as leis da Física e da Química nesses locais sejam as mesmas que nos regem na Via Láctea. Finalmente, o facto de a vida ter surgido entre nós tão cedo após a formação do planeta, é indício de que a biogénese é uma tendência natural do Universo, quando estão preenchidas as condições para a sua existência. Portanto, e concluindo um nadinha apressadamente, é quase certo que existe vida extra-terrestre.
Mas há vida e vida. Há a vida tout court e a vida inteligente: a do bacilo de Kock e a das mentes capazes de transformar materiais em instrumentos, ferramentas e aparelhos; e é nesta que se pensa habitualmente quando se fala de vida fora do Sistema Solar. Neste ponto surgem interrogações sem resposta.
Sabemos que a vida inteligente é fruto de longa, complicada e tortuosa evolução condicionada pelo ambiente. Seguramente, em nenhum planeta pode ter surgido um ser ab initio inteligente. Assim, a pergunta é: há exoplanetas com meio ambiente propício ao apuramento de seres inteligentes? Não sabemos. Mas, mesmo havendo, nada nos diz que, nessas condições, é só esperar pacientemente porque uma criatura inteligente acabará por aparecer. Isto é, não está demonstrado que a vocação da vida é a produção de seres pensantes como nós.
Admitindo que se formou outra vida inteligente além da nossa, qual é a probabilidade de virmos a contactar com ela? É praticamente nula! Fisicamente, não há velocidades superiores à da luz. A distância a astros onde teoricamente se pode admitir a existência de vida mede-se em milhares de anos luz. Então, blá, blá, blá.
É minha convicção que somos únicos no Universo. Nessa condição não somos o centro do Sistema Solar, como queria Ptolomeu, mas verdadeiramente, o centro do mundo, a mais importante centralidade cósmica que Ptolomeu nem sonhava.
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