sábado, 28 de julho de 2012

A LINEARIDADE DE MALTHUS

.


Há 10.000 anos, éramos 5 milhões instalados nesta bola chamada Terra. Em 1900, chegámos a 1,6 mil milhões. No ano 2000, passámos a ser 6,1 mil milhões. O ano passado, mais de 7 mil milhões. Em 2050, ultrapassaremos os 9 mil milhões. Muita gente para uma bola tão pequena!
Que vai acontecer? Ninguém sabe. Em 1798, Malthus estava preocupado — passaram mais de 2 séculos e estamos cá todos, não muito bem, mas não pior que Malthus e seus contemporâneos. Não há limite teórico para a população mundial, está à vista. Haverá limite prático? Era bom conhecer a resposta, mas ninguém conhece.
Nenhuma medida concebida pelo homem para limitar o crescimento da população funciona — nem na China, com a política de um casal/um filho. Mas na China, na Índia, na Indonésia, blá, blá, blá, o crescimento demográfico está a desacelerar. Como assim?!
À medida que melhoram as condições económicas, sociais e educacionais, a fertilidade diminui. E a melhoria de tais condições acompanha-se da produção de mais recursos — alimentos, energia, água potável, etc.
Trata-se então, como dizia há 4 dias, de fenómeno não linear. Malthus, provavelmente, com a teoria do crescimento geométrico da população e aritmético dos recursos, estava a calcular quanto irá chover amanhã tendo por base o que choveu hoje. Não pode! Malthus estava errado? É possível.
Dizer que o crescimento permanente da população é insustentável estará correcto. Mas tudo leva a crer que a natureza trata disso. O homem, tão inteligente que é, não sabe como fazê-lo — nem sequer consegue resolver essa trapalhada da Síria, quanto mais isto!
.

Sem comentários:

Enviar um comentário