quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

QUE FARTURA ! ! ! : . .

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Hoje, na sua habitual crónica no “Diário de Notícias”, Vasco Graça Moura escreve às tantas:

[…] Vive-se sob a pressão do imediato, de um imediato teratológico e irremediável. Há cada vez menos capacidade do homem comum para enquadrar e compreender o que lhe acontece e acontece à sua família ou à dos vizinhos: pais, irmãos, filhos, parentes, velhos e novos, gente cujas vidas em concreto se vão passando agora entre a angústia do desemprego e a do risco de tudo se desmoronar.
Se se teme, logo à partida, que as soluções adoptadas acabem por falhar umas atrás das outras sob o impacto brutal de uma realidade dificilmente controlável, também as análises da situação que se vive são contraditórias, frequentemente eivadas de preconceitos ideológicos que nada resolvem, repassadas de posicionamentos teóricos que, por sua vez, não conseguem abarcar os mecanismos que fazem mover a realidade, ou marcadas por apelos revolucionários e malabarismos verbais que não levam a lado nenhum. […]

Efectivamente, o que angustia o cidadão que quer viver sem a obsessão do circo político e da oratória demagógica dos Passos, Seguros, Jerónimos, Semedos e quejandos, é não ver forma de sair do buraco em que o meteram. Para qualquer lado que se vire, vê Passos, Seguros, Jerónimos, Semedos e quejandos e não meio de sair do buraco. Vê janotas que se julgam no centro da sua vida, que acabam por ocupar pelos piores motivos. Não há pachorra!...
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