sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

'ILLUMINATI'

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No Parlamento, Tozé, depois de recordar os números de 2012—desemprego e recessão—disse ao Primeiro-Ministro que ele era a maior tragédia do País. Eu não diria tanto porque são muitas e grandes as tragédias que nos achacam e é difícil saber qual a maior; mas Passos Coelho está bem posicionado.
Por seu lado, o chefe do Governo, que Graças a Deus temos, perguntou ao Tozé quais eram as políticas alternativas. Pergunta que não se faz pela impertinência que contém. Tozé não tem que ter alternativas. Mas Tozé não se atrapalhou e ameaçou que muito brevemente o PS apresentará no Parlamento um projecto sobre as trajectórias de consolidação. Grande malha! Tozé está a fazer-se: um projecto sobre as trajectórias de consolidação!!! É assim que se fala; embora, no que a trajectórias respeita, Tozé nem pálida ideia enxergue.
Mas Coelho também estava inspirado—deve ter tomado uma "Red Bull Energy" pela manhã. Digo isto porque a folhas tantas atirou a Tozé que ele passou agora a herdeiro não crítico do Zezito que, em 2009, começou com a previsão do défice de 2,2% do PIB e acabou o ano em 9,3%, com a dívida a passar de 64% para 83%. Neste último aspecto, não estou de acordo com Coelho, coisa em que falhou. Porque o Zezito, em matéria de dívida, era muito cauto. Até de mais—se havia coisa que o preocupava, era a dívida. Nesse aspecto chegava a ser salazarento. E por causa de gente salazarenta é que chegámos ao que chegámos—miserabilismo, pronto.
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