sábado, 16 de novembro de 2013

PESCADINHA

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O jornal "i" on line publica hoje parte de um artigo de António Barreto sobre a reforma do Estado. A dada altura, escreve o seguinte:

[...] É usual pensar que o "poder político", em democracia, deve primar sobre o "poder económico". Esta quase verdade consensual serve para justificar a acção livre dos agentes políticos e, por essa via, o privilégio acordado aos partidos políticos e a consequente submissão dos outros interesses sociais. Acontece que é em parte esse primado da política que serve a captura do Estado por interesses privados. Repito: é por intermédio dos partidos que os interesses privados detêm privilégios e poderes. Daqui não concluo que é necessário ou sequer aconselhável afastar os partidos. Não. Necessário é moderá-los. [...]

Está perfeita a conversa. Mas a pergunta é, como moderar os partidos? A actual situação serve de forma esplêndida partidos e seus responsáveis, os últimos a desejar "moderação". Esperar deles a iniciativa de se moderarem é esperar toda a vida.  O problema é a pescadinha de rabo na boca.
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