sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

PORQUE RESISTE O CARVÃO

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O carvão é o mau da fita dos ambientalistas—suja, mata mineiros, produz dióxido de carbono, aquece o planeta, rebabá. Morra o carvão, morra! PIM!
Durante e revolução industrial, o carvão proporcionou à Grã-Bretanha, como combustível, o equivalente à energia de mais de seis milhões de hectares de floresta, área quase do tamanho da Escócia. Em 1870, a combustão de carvão naquele País gerava calorias equivalentes às produzidas por 850 milhões de trabalhadores. Só a capacidade das máquinas a vapor equivalia a seis milhões de cavalos (cavalos animais; não cavalos vapor). 
Em 1750, os tecidos da Índia faziam inveja em todo o mundo. Passado um século, apesar dos salários serem quatro ou cinco  vezes maiores, o Lancashire era capaz de inundar o mundo—até a Índia—com tecidos baratos, alguns feitos de algodão em rama indiano,  importado de distância superior a vinte mil quilómetros. Por muito baixos que fossem os salários na Índia, o trabalhador ali não podia competir com o operador duma máquina de fiar a vapor em Manchester. Ao reduzir o preço dos tecidos, o carvão libertou dinheiro dos consumidores para comprar outros bens e estimular novas invenções.
Em 1800, a Grã-Bretanha consumia mais de doze milhões de toneladas de carvão, o triplo de 1750, e o preço não subira significativamente. Em 1860, o consumo era de mil milhões de toneladas, sobretudo em locomotivas e navios. Em 1930, a utilização era 68 vezes superior a 1750, agora também para gerar electricidade e gás. Actualmente, a maior parte destina-se às centrais eléctricas. 
As reservas mundiais de carvão continuam a ser muito grandes e não vai ser fácil fechar minas, em nome da protecção do ambiente, depois de tudo quanto fez e faz pelo desenvolvimento industrial e social. Os ecologistas gritam e os economistas e industriais fazem ouvidos de mercador. Complicado!...
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