segunda-feira, 31 de março de 2014

OS GRANDES VELEIROS

.
.
"Californian"

Escuna americana, é um navio de treino construído 1984, com 44m de comprimento, 7 m de boca, 2,9 m de calado, 700 m2 de velas e 130 toneladas.
.

'MON AMI NAVET«

.

Hollande apanhou uma banhada pré-anunciada nas eleições autárquicas de França. Grande esperança dos socialistas portugueses quando foi eleito, foi um tiro de pólvora seca. O Dr. Soares entupiu, depois das loas entoadas a son ami François, e o Inseguro lá foi dizendo a custo que Hollande o tinha desiludido.
A Europa está a virar à esquerda, dizem os socialistas com esperança de que a fé faça o milagre e salve a honra do convento. Vira tanto à esquerda que o novo Primeiro-Ministro gaulês é o que mais à direita Hollande conseguiu arranjar no Partido. É o homem que escorraça os ciganos e lhes dá um bilhete só de ida para Bucareste.
Hollande faz charme com a direita, na tentativa de sobreviver até 2017. Não nomeia Marine Le Pen para Primeira-Ministra porque ela não aceita. Entre gaffes políticas e sexo-sentimentais, não dá uma para a caixa. Não deve ser mau tipo. Mas é um completo nabo.
.

PORTA 37

.
.

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA

.

O físico Richard Feynman dizia que, se um cataclismo destruísse todo o conhecimento científico, a melhor frase, com a mais importante informação, que podia ficar para a geração seguinte seria: Todas as coisas são feitas de átomos—pequenas partículas  em permanente movimento que se atraem quando próximas e se repelem quando comprimidas.
Tenho dúvidas sobre a opinião de Feynman, mas quem sou eu para o contrariar?
De forma mais prática, um astrobiologista chamado Lewis Dartnell põe outra questão e diz o que era importante ficar registado para a posteridade, se o tal cataclismo acontecesse. A primeira informação seria a de que muitas doenças são provocadas por micróbios, organismos invisíveis a olho nu, e não por castigo divino, mau olhado, bruxedo e rebabá. Que a água pode ser desinfectada com lixívia e o sabão ser feito facilmente com gordura animal ou vegetal; que é importante manter os excrementos longe das fontes de água; como se devem cultivar os cereais, nomeadamente o trigo, o milho e o arroz, e guardá-los em silos, ou locais parecidos; a vantagem de os moer em farinha—extensão da função dos dentes molares—e da cocção que facilitam a digestão e absorção; e, finalmente, o fabrico do pão.
Dartnell é mais prosaico, mas vai muito bem—só esqueceu o fogo, mas isso está implícito no cozinhar. Na situação hipotética referida, era muito mais importante não cagar na nascente que saber essa coisa fina dos átomos!
.

POIARES BAPTISTA

.

Redonda como um tamanco
.

A NASA E A AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

.
.
A fotossíntese, como é do conhecimento geral, é a função das plantas que lhes permite captar a radiação solar num pigmento chamado clorofila e utilizar essa energia em reacções fotoquímicas para fazer a síntese de matéria orgânica, a partir de dióxido de carbono e água. É o início da cadeia alimentar. Porém, nem toda a energia solar é fixada, havendo emissão de radiação desnecessária, fora do espectro visível, que pode ser registada com sensores adequados. A intensidade dessa radiação não visível emitida dá ideia muito aproximada da quantidade de fotossíntese que está a ocorrer e, consequentemente da produção agrícola. Foi o que fez um satélite da NASA, em várias partes do mundo. (Até agora, ainda não me aconteceu nada!)
A fotografia em cima mostra a emissão da radiação não visível, consequência da fotossíntese, nos Estados Unidos, no período de Julho. A área intensamente irradiante corresponde à chamada "cintura do milho" (corn belt). Nesta época do ano, os americanos batem o recorde mundial de fotossíntese. Quando os valores dizem respeito a um ano inteiro, o recorde observa-se em África, embora a maior parte dessa fotossíntese não corresponda a actividade agrícola.
.

MORDOMAS DE VIANA

.
 .
(Com colaboração de J. Castro Brito)
.

DITOS

.

A escrita dá a ilusão de controlo, até se perceber que é apenas isso: uma ilusão—as pessoas colocam lá as suas vidas.


David Sedaris

O CORVO DA FÁBULA DE ESOPO

.




























.
Falava há dois dias da inteligência dos corvos, mas punha algumas reservas sobre a genuinidade de um vídeo que nesse dia mostrava. Afinal, parece ser mesmo assim e há outros estudos que mostram terem aqueles bichos inteligência semelhante à de crianças com cinco a sete anos de idade. Veja este outro vídeoe leia os comentários aquiem que um corvo deita pequenos corpos dentro dum recipiente com água para fazer subir o nível desta e conseguir apanhar uma lagarta a flutuar.
.

'NO COMMENTS'

..
.
Palavras para quê?
É um artista português!
.

domingo, 30 de março de 2014

OS GRANDES VELEIROS

.
.
"Flying Cloud"
.

CIDADE VIRTUAL

.
..

TAMBÉM NÃO VINHA PREPARADO PARA ISTO

.

DE MUDANÇA EM MUDANÇA, ATÉ À DERROTA FINAL

.




O Presidente disse que temos vinte anos (ou mais) à nossa frente sem que possamos fazer nada. Felizmente, engana-se redondamente porque a Europa está em mudança, como começa a ser conhecido, e, apesar de ter tomado o gosto pelas viagens e de ter falado com vários estrangeiros, não percebeu ainda que a Europa da zona euro, como o mundo na sua totalidade, está em mudança acelerada.

Assim falava o Cavalieri Soares há 5 dias no DN—um iluminado!
Para começar a mudança acelerada, o seu correligionário Hollande acaba de apanhar uma banhada em França. A mudança está acelerada de facto—até a Frente Nacional deu um pezinho de dança. 
E pelo pai da democracia de sucesso lusitana não vai nada? 
TUDO!...
.

OS PEQUENÍSSIMOS VELEIROS

.
.

'REMADE IN PORTUGAL'

.

Entre os Séculos XI e XIV, a sociedade rapanui da Ilha de Páscoa viveu dias de glória. Depois, por variadas razões, entre as quais a destruição da floresta para erguer e manter os famosos monolitos  chamados moais, a agricultura entrou em decadência e a sociedade  também. No Século XVIII, bateu no fundo.
Os rapanuis são o ícone da má prática ambiental, económica e social. As famosas e enormes estátuas eram feitas com fervor só comparável à produção industrial moderna: cada família queria uma, se possível maior que as outras, e assim foram erigidas mais de 800. Falo nisto porque o mundo é hoje uma enorme ampliação da sociedade rapanui—a economia actual, e o seu indispensável crescimento, dependem da compra de muitas coisas quase inúteis e rapidamente deitadas fora. Tal e qual.
De acordo com estudos recentes, a biosfera leva um ano a produzir o que a população do mundo consome em oito meses—situação insustentável, com tendência para piorar. São as necessidades básicas que impõem tal situação? De forma alguma! É só saloiada!
Quantos têm vergonha de usar um telemóvel que não consegue fazer umas tantas coisas que não servem para nada? Quantos, dos que têm o último modelo de comunicação móvel, não o trocam por outro mais moderno que também limpa as catotas do nariz, ou a cera dos ouvidos, mesmo que tenham de se endividar? Uma lástima!
Em Edimburgo, perto do museu da cidade, existe uma loja com o sugestivo nome de "Remade in Edinburgh". Ali, tudo é consertado, transformado, polido e comercializado, desde gravatas a computadores. O lema é "Reparar computadores cria 100 vezes mais postos de trabalho que reciclá-los". E se levar lá um aparelho, eles ensinam-no a repará-lo.
O psicólogo britânico Michael Eysenck chama ao consumismo parolo em que vivemos a "mó do hedonismo", que alimenta a esperança da satisfação da próxima compra ser mais duradoura que a última. Mas acrescenta ser o oposto ainda mais provável.
Felizmente, ainda há coisas louváveis, de uma das quais falava ontem, ou anteontem, Miguel Esteves Cardoso: os livros em segunda mão que a Amazon vende. Uma iniciativa de se lhe tirar o chapéu em plena era da parolice. Infelizmente, os portes do correio para Portugal são incomportáveis. Vale o Kindle, valha-nos isso, mas sai mais caro.
Temos que nos habituar a viver de forma mais racional e criar neste torrão à beira-mar plantado qualquer coisa como um "Remade in Portugal". Isso mesmo!
.

PRIMAVERA

.
.
Cerejeira alfacinha
.

PROFISSÃO: OBSERVADOR DE POBRES

.

[...] Se não erro, em 2005 os poderes públicos tinham acabado de construir uma resma de úteis campos da bola (e organizado o "melhor Europeu da História"), planeado o TGV e prometido o futuro aeroporto de Lisboa, entre outros desígnios nacionais que nos haveriam de conduzir à felicidade eterna. Os tempos, pois, eram risonhos, tão risonhos que o facto de o número de pobres de então superar o actual não incomodava ninguém, ou quase ninguém. E achava-se importantíssimo lembrar que os portugueses, incluindo os menos afortunados, não são números: são pessoas. [...]

[...] Infelizmente, as pessoas em causa vêem-se transformadas em números logo que os seus alegados paladinos necessitam de agitar estatísticas. As dramáticas condições de vida de perto de dois milhões de cidadãos, de resto uma quantidade relativamente estável ao longo da última década, constituem a garantia de uma vida desafogada para as centenas ou milhares que "combatem" a pobreza como se o salário deles dependesse disso.
E o engraçado é que depende. Não falo dos sindicatos, que há muito desistiram de investir conversa fiada nos desvalidos e passaram a ocupar-se dos funcionários do Estado. Nem falo das organizações caritativas, religiosas ou laicas, as quais, com boas ou duvidosas intenções, conseguem alimentar e vestir quem precisa. Falo das fundações, redes, associações e "observatórios" (?) dedicados, assaz naturalmente, a observar a desigualdade e a pobreza - à distância, claro.
Não gostaria de ofender essas prestimosas entidades, mas desconfio do empenho em salvar os pobres quando os salvadores carecem dos mesmos para se alimentar, vestir, pagar a renda, viajar (os voos para reuniões em Bruxelas são indispensáveis) e, em suma, existir. Se não faz sentido um observador de pássaros pretender dizimar as populações de rouxinóis, estorninhos e toutinegras, também não se compreenderia que os observadores da pobreza desejassem genuinamente a erradicação desta. Ou, se quisermos um exemplo familiar ao capitalismo "selvagem" que tanta indignação suscita, seria estranhíssimo que a Pizza Hut se mostrasse preocupada com o avolumar de apreciadores de queijo derretido.
Donde a perversidade da retórica em voga: espreita-se o "telejornal" e leva-se com "técnicos" autodesignados para "analisar" os pobres (da maneira que se analisa os aminoácidos), enquanto desfiam percentagens que "provam" o respectivo crescimento (a pobreza, nova ou velha, envergonhada ou indecente, escondida ou escancarada, cresce independentemente das circunstâncias). A terminar, lançam meia dúzia de "conclusões", embora sobretudo concluam a urgência em reforçar os apoios às fundações, redes, associações e "observatórios" a que pertencem. A observação da pobreza não pode ficar entregue a pés-rapados.
.
Alberto Gonçalves in "Diário de Notícias"
.

sábado, 29 de março de 2014

OS GRANDES VELEIROS

.
.
"Pioneer"
.
Escuna de turismo construída em 1885, tem bandeira americana, 31 m de comprimento, 6,55 m de boca, 23,3 m de calado, 254,3 m2 de velas e 43 toneladas.
.

CONSTELAÇÂO 'CANES VENATICI'

.
.
Na Mitologia Grega, os cães Asterion e Chara acompanhavam o pastor Boieiro em tudo—nas caçadas contra predadores e como guias das ovelhas do rebanho. Por serem tão fiéis ao dono, Deméter, mãe de Boieiro e deusa da agricultura, pediu a Zeus que, além de seu filho, os cães o acompanhassem na eternidade (como constelação). E assim fez Zeus .
.

NOTÁVEL ?

.
.
Um corvo com "miolos"? 
De certeza, o bicho conhecia os objectos e tinha aprendido como funcionavam, anteriormente. Fica a dúvida se foi ele que resolveu a charada, ou se foi treinado para a resolver. Ainda assim, curioso.
.

AINDA FECHADO

.
...

DE CAIR O QUEIXO !

.


Já viu e conhece castelos de areia. Eu também. Castelos num grão de areia nunca vi, nem sabia que existiam—mas há! Vik Muniz é artista e pintor de extremos. Até há pouco, fazia obras de arte plástica que só podiam ser vistas de helicóptero, no mínimo. Agora desenha castelos e palácios em grãos de areia, só visíveis ao microscópio. A técnica é complicada e conta com a ajuda de Marcelo Coelho, do Massachusetts Institute of Technology. É divertido, independentemente do mérito artístico.
Em baixo vão dois grãos de areia e um vídeo onde se explica como é feito: primeiro o desenho, com uma "câmara lúcida" que projeta a imagem no papel para poder desenhá-la; e depois Marcelo Coelho grava no grão de areia com um computador. Óh égua!




.

LAMPIÃO

...
.

MELHOR QUE O MAPA DO ACP !

.
O Homo sapiens conhece razoavelmente como é o miolo do planeta Terra e sabe, mais ou menos, quanto calor é gerado lá dentro—é bastante. A maior parte dele resulta do decaimento radioactivo do potássio 40, do tório 232 e do urânio 238. Os números referidos a seguir aos nomes correspondem ao somatório dos protões e neutrões nos núcleos daqueles átomos e o decaimento radioactivo consiste na saída de neutrões dos núcleos, com emissão de energia, no caso que nos ocupa, calor. Até aqui, ainda não nos aconteceu nada!
Sabe-se isto, embora se ignore onde ocorrem esses fenómenos dentro da bola, nossa morada; ou seja, não há mapa dos acontecimentos, que são de distribuição não uniforme.  Mas como o decaimento radioactivo se acompanha da emissão de partículas subatómicas minúsculas, autênticos cagagésimos, o seu doseamento quando chegam à superfície dá-nos a ideia de onde ocorre a produção de calor. É claro que é preciso descontar os antineutrinos produzidos pelo homem nas centrais nucleares à superfície, o que é fazível, embora complicado, como diria um deputado da Nação. Veja-se na imagem em cima os locais actuais de produção de antineutrinos por centrais nucleares.
Os geofísicos, nomeadamente uma senhora chamada Barbara Ricci, da Universidade de Ferrara, em Itália, esperam ter, dentro de poucos anos, o quadro completo dos processos em curso no interior desta bola azul. Não é um espanto?

PORTA 10

.
.

MAIS CRISTÃOS QUE CRISTO ? NÃO ! DE TODO !

.
Anselmo Borges publica hoje, na sua crónica do "Diário de Notícias", a síntese de algumas respostas de dioceses alemãs ao inquérito enviado pelo Papa. Parece-me tudo certo no que ali se diz e só uma hierarquia anquilosada e beata é que não concorda. Das respostas referidas, saliento a da diocese de Münster: "Entre os ideais católicos e a prática católica cavou-se um abismo." 
Ecco!...

Gandhi disse um dia: "Gosto do vosso Cristo; não gosto dos cristãos. Vocês, cristãos, não são como o vosso Cristo". Qualquer que seja a religião que se professa, ou mesmo quando não se professa nenhuma, é consensual que Cristo foi um inovador ético e social. Infelizmente, o que ensinou foi sendo deturpado passo a passo, com avanços e recuos, transformando-se numa abencerragem burocrática e, paradoxalmente, nada cristã.  O resultado está à vista: na resposta da diocese de  Osnabrück, diz-se—preto no branco—"Cada vez mais pessoas abandonam a Igreja". Não era de esperar outra coisa.
.

sexta-feira, 28 de março de 2014

OS GRANDES VELEIROS

.

"Adventuress"

Escuna lançada à água em 1940, tem 41 m de comprimento, 6,4 m de boca, 3,7 m de calado e 115 toneladas. 
.

PORTA 53

.
.

TRISTEZA NÃO TEM FIM: FELICIDADE SIM

.

Em 1970, depois de Jigme Singye Wangchuck ser coroado monarca absoluto do Butão, um dos países mais pobres do mundo, interrogado pelos jornalistas sobre o que pensava fazer para aumentar o produto interno bruto, o rei declarou sem hesitar que estava mais interessado em aumentar a felicidade interna bruta.
A felicidade é matéria complicada que os economistas não entendem porque a estudam a partir dos dados que têm, manifestamente desadequados. São como o bêbado que perde as chaves no trajecto do bar para casa e só as procura debaixo do candeeiro da porta porque é aí que tem luz.
Tostoi dizia que as famílias felizes são todas iguais, provável razão porque aparecem tão pouco nos romances, em contraste com as que sofrem grandes ou pequenos dramas. Felicidade não é matéria que prenda a atenção.
Voltando ao rei do Butão e ao produto interno bruto, é verdade que a prosperidade económica aumenta a sensação de felicidade. Mas a relação tem limites porque não corre com proporcionalidade e em paralelo. Naturalmente, o estado de repleção da barriga é fundamental e sine qua non. Mas barriga muito cheia não é sinónimo de muita felicidade. Por essa via, a felicidade só cresce até um limite: depois estabiliza. Estudos feitos no mundo desenvolvido mostram que a felicidade hoje não é maior que em 1960, não obstante as condições materiais da vida terem melhorado sempre até agora. Os países escandinavos estão aí para o demonstrar.
O estado não pode promover a felicidade—está mais que demonstrado. Há nesta matéria um aspecto subtil: o que o estado pode fazer é diminuir, ou atenuar, as causas da infelicidade; no fundo, a filosofia da social-democracia. O resto fica por conta dos cidadãos e das suas organizações, sejam religiosas, cívicas, desportivas, profissionais, rebabá. O rei do Butão não estava completamente fora da razão—para ser feliz não é necessário ser rico; é preciso é ser do Benfica.
 ..

HISTÓRIA 'AOS QUADRADINHOS'

.

Erupção do Vesúvio vista de Nápoles, em 1944, durante a guerra.

.
A cratera do vulcão, fotografada por mim no dia 26 de Setembro de 2006.
(Com colaboração de J. Castro Brito)
.

DE ONDE ME CONHECE VOCÊ?

.
.
Em entrevista ao "Expresso", Durão Barroso diz ser boa ideia uma próxima candidatura a Belém promovida pelo PS, pelo PSD e pelo CDS. Aí, o entrevistador, Ricardo Costa, Director do jornal, pergunta-lhe quem tem condições para isso. Barroso titubeia e Costa bolsa: "Acha que você tem?"
Uma lástima! Costa deve ter achado muito mal que Cristiano Ronaldo  tratasse Cavaco Silva por você. Não sei de onde Costa conhece Barroso. Se calhar, nem da tropa! Mas mesmo que conheça do infantário, está a entrevistar o Presidente da Comissão Europeia, não o Zé Manel. Óh égua! Isto vai de mal a pior!
.

LASCAUX E O CINEMATÓGRAFO

.

Nas grutas de Lascaux, em França, como é sabido, existem pinturas e desenhos feitos há 21 mil anos. É uma coisa maravilhosa tudo aquilo e há ainda aspectos mal esclarecidos em relação a alguns pormenores, se se pode chamar pormenor a qualquer aspecto de Lascaux. Há imagens com dimensões desproporcionadas em relação a outras próximas e há imagens sobrepostas diferindo apenas na posição de partes do corpo dos animais—da cabeça por exemplo.
Jean-Michel Geneste, curador das gruta, tem uma teoria engenhosa sobre isso, teoria em estudo e desenvolvimento que faz algum sentido. Segundo ele, as imagens só devem ser vistas com luz semelhante à que usavam os habitantes da época, lâmpadas alimentadas por gordura de animais. Tais lâmpadas, de que foram encontrados dois exemplares, além de emitirem luz fraca com determinada tonalidade, iluminavam uma área limitada, o suficiente para só se ver parte das imagens. Então, movendo a lâmpada, podia ver-se apenas um grande bisonte a correr isolado, por exemplo, seguido  por vários cavalos mais pequenos, alegadamente noutra posição, mesmo distante. E deslocando a luz sobre as figuras sobrepostas, dá a sensação de movimento, verbi gratia o levantar e baixar da cabeça de um veado.
Não sei até que ponto anda aqui imaginação a mais, mas a verdade é que a teoria é reproduzível. Lascaux teria sido mais que a banda desenhada actual; foi o princípio do cinema!
.

SEMINÁRIO DA LUZ

.

PLANETA DAS BACTÉRIAS

.
Stewart Brand é autor do livro "Whole Earth Discipline" e escreve num livro da "Edge Foundation"—citando a The New Science of Metagenomics —que os micróbios governam o mundo. Pode parecer uma boutade mais própria de Oscar Wilde, mas não é tal. Real, real!
Os micróbios constituem 80% de toda a biomassa. Num quinto duma colher de chá de água do mar, há 1 milhão de bactérias e 10 milhões de vírus. Craig Venter, especialista em Genómica que "desembrulhou" o genoma humano, disse algures que, se não gostamos de bactérias, estamos no planeta errado—na realidade, vivemos no planeta das bactérias (não dos macacos).
Quando James Lovelock investigava donde vieram os gases da nossa atmosfera,  um artefacto da vida, o microbiologista Lynn Margulis tinha a resposta: os micróbios governam a atmosfera. Não só a atmosfera, acrescente-se—no caso particular do nosso corpo, são eles que mandam. Os micróbios a bordo regulam a nossa imunidade e grande parte da digestão.
O microbioma humano—na pele, na boca, no intestino e um pouco por toda a parte—contém 3 milhares de formas de bactérias, com 3 milhões de genes distintos. Para ter ideia do que isto representa, diga-se que as nossas células têm 18 mil genes. Mas enquanto os macróbios os passam verticalmente, de geração em geração, do que resulta apenas evolução transgeracional, as bactérias podem passá-los horizontalmente e, por isso, evoluem na mesma geração; muito mais rapidamente—no fundo, quase uma coisa como a evolução de Lamarcke, com transmissão de características adquiridas. Postos perante isto, e em aparte, é caso para perguntar porquê tanto espalhafato com os alimentos geneticamente modificados. Vivemos invadidos por seres que passam  genes horizontalmente entre eles e, teoricamente, podem fazê-lo connosco, como se receia que os alimentos transgénicos façam.
No século da biotecnologia, ou da engenharia genética, é provável que a inspiração nos chegue a partir dos micróbios. Confrontados com uma dificuldade, vai chegar-se à situação de perguntar: O que é que uma bactéria faria?!
.

BPP

.
.
Banco Público Português
.

quinta-feira, 27 de março de 2014

OS GRANDES VELEIROS

.
..
"Pacific Swift"
.
Navio de treino construído em 1986, tem 34 m de comprimento, 6,25 m de boca, 3,20 m de calado e 98 toneladas.
.

LEITARIA ATLÂNTICO

.
.

FRASES ESCOLHIDAS

.

'O MIUDINHO'

.

É "O Miudinho", na porta 21, logo a seguir à porta 19.

Os preliminares.
O resto não conto.
Estava tudo muito bom!
.

'TOP TEN'

.
.
Clique na imagem e veja o que a BBC considera dez das mais belas livrarias do mundo.
(Pode ver em ecrã completo clicado no canto inferior direito das imagens)
.

ESTA É A DITOSA PÁTRIA MINHA AMADA

.


Leio nos jornais que a Polícia Judiciária apreendeu 70 quilogramas em ouro e 170 em prata, numa operação em que foram detidas sete pessoas, entre as quais um inspector da PJ. Já tinha ouvido de um quartel de bombeiros destruído por incêndio e de uma esquadra da polícia assaltada. Agora o ramalhete está quase completo: um inspector da polícia de investigação criminal é criminoso; mas ainda falta prender um presidente do Supremo Tribunal de Justiça por venda de vigésimo "premiado".
.