domingo, 20 de julho de 2014

NÃO HÁ PACHORRA

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O Hamas usa a política deliberada de autoflagelação para criar um dilema aos israelitas. Os terroristas estavam perfeitamente conscientes do que iria acontecer depois de começarem a despejar rockets sobre Israel. Dispararam mais de mil. A ideia é forçar o inimigo a responder e matar cidadãos civis palestinianos a fim de que o resto do mundo condene a resposta. Quantos mais civis morrerem, melhor. Os líderes terroristas têm abrigos seguros por baixo de hospitais e outros alvos proibidos, mas não estão preocupados com os civis indefesos. Pelo contrário, instalam as bases de lançamento de rockets nas zonas mais densamente povoadas e guardam as armas em escolas e mesquitas. Se gerações de palestinianos tiverem de ser assim sacrificados, o Hamas acredita que tal sacrifício é teologicamente justificado.
O que fica dito é elementar e indiscutível, mas há quem o discuta—gente com viés. Pior que um fundamentalismo, só o fundamentalismo de sinal oposto, que é o caso. Israel não terá tanta razão quanto diz e os palestianos ainda têm menos. A sua acção é intolerável e repugnante. 
Inesperadamente, há gente que se diz civilizada, democrática, prenhe de ética republicana e rebabá que acha bem, defende os terroristas e condena Israel. Há pachorra? Não há.
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