quinta-feira, 23 de outubro de 2014

REGRESSO ÀS ORIGENS

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O Sporting perdeu na Alemanha na sequência de uma grande penalidade marcada no fim do jogo. Foi o árbitro que estava junto à baliza que assinalou a falta. Diz-se que nem sequer houve falta. Se foi assim, está mal.
A ideia dos árbitros "de baliza" foi de Platini. Com uma cabeça daquelas, a ideia só podia sair dele. Podia ter sido pior—por exemplo, pôr lá um rafeiro a farejar a mão do putativo jogador faltoso para verificar se cheira a bola. O controlo com meios electrónicos não agrada a Platini, nem a Blatter, nem à UEFA, nem à FIFA. Porque será? Está mesmo a ver-se, não está?
Paradoxalmente, estou de acordo com Platini. Que será do futebol quando não houver penáltis "carecas" assinalados no último minuto do prolongamento, expulsões injustificadas, foras-de-jogo inenarráveis? De que falarão os jornais no dia seguinte? Que se dirá no café? Que se comentará no emprego?
E os programas de TV que preenchem horas infinitas a mastigar esses casos, os fenómenos da "fruta" e a "verdade do jogo"?
Em minha opinião, acabam com o futebol se aperfeiçoam o sistema. O futebol "respira" sistema. O sistema é o oxigénio do futebol. Os árbitros "de baliza" deviam ir dar uma volta ao bilhar grande e, idealmente, o jogo seria arbitrado apenas por uma personalidade: O ÁRBITRO—mais nada.
Já viram a margem que isso dava? E era quase um regresso às origens. E digo quase porque inicialmente, na Inglaterra, nem havia árbitro, nem regras, nem rei, nem roque. Foi assim que o futebol merdou—e bem!

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