segunda-feira, 24 de novembro de 2014

ALL'S WELL THAT ENDS WELL

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Era uma vez um funâmbulo que, com vara, caminhava no arame e fazia as mais arriscadas piruetas sem cair. Exibia-se ultimamente em Paris de França onde apurava a arte do funambulismo em academias superiores. Subsidiado por um tal Silva e pela mãe, que não olhavam a despesas para que não lhe faltasse nada, frequentava os mais luxuosos lugares da capital. Era um privilegiado, apesar de não ter bens pessoais.
Um dia vara caiu de supetão e o artista perdeu o equilíbrio. Funambulismo sem vara é complicado. Na bela noite de Outono de 22 do décimo primeiro mês, chegava a Olisipo para mais um espectáculo de funambulismo na TV estatal, quando é assaltado por colectores de tributos e cívicos façanhudos e armados. Arrastado para uma masmorra, três noite ali dormiu, sendo de dia levado a visitar um palácio no Parque das Nações onde convivia com um tal Alexandre—um dos maiores  especialistas mundiais em funambulística, funâmbulos e funambulismos.
Aprazado com o que ouviu, Alexandre deu-lhe guarida, com direito a cama, mesa, roupa lavada e tempo livre para meditar sobre a arte. Todos esperam que seja bem-vindo no novo lar e o aproveite a preparar novos espectáculos para nosso regalo futuro. Já Shakespeareque não o conheceu infelizmentedizia: All's Well That Ends Well.
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