sábado, 31 de janeiro de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE

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ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

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1 MINUTO DE MÚSICA

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INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOA

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AUXOLOGIA



Diz o "Expresso" que os sectores mais à esquerda do PS não estão a receber com muito entusiasmo a hipótese de o ex-comissário europeu, António Vitorino, poder vir a ser o candidato presidencial do PS. E porquê?—perguntar-se-á.
Tanto quanto leio no mesmo jornal, acham que Vitorino tem qualidades para ser excelente Presidente da República, mas apontam-lhe falta de dimensão.
Aqui estou em desacordo. O crescimento e o seu resultado, a que penso se referem os politiqueiros do PS, é objecto duma ciência chamada Auxologia e não é coisa fácil, mesmo para bibliófilos como o Dr. Soares que, inclusive, já leu o livro do professor Stephen Emmott mais de uma vez. Passo a explicar.
Avaliando o Dr. António Vitorino, constata-se que o eixo ânteroposterior, entre o umbigo e a coluna vertebral, está bem, talvez um nadinha excessivo—só isso. Quanto ao eixo transversal, ou distância entre rodas, a mesma coisa. Isto é, nestes componentes da dimensão, o Dr. Vitorino, se peca, é por excesso—não lhe falta dimensão coisa nenhuma.
Penso que estarão os ditos janotas—a esquerdalhada da ética republicana—a referir-se à distância entre o encéfalo do ex-comissário europeu e os pés do mesmo ex-comissário. Aí talvez se verifique pequena incorrecção, por defeito, mas nada preocupante. Mostra a Auxologia—e a experiência—que o encurtamento desse parâmetro não aumenta o risco de ocorrer troca da sede do pensamento. A percentagem de indivíduos a pensar com os pés é praticamente a mesma, sem diferenças estatisticamente significativas, entre compridos e curtos e sempre inferior à dos "históricos" do PS que pensam quase todos com as extremidades inferiores.
Assim, acho o Dr. Vitorino candidato excelente, e muito melhor até que António Guterres que é um homem bom, mas tem um defeito: espeta o cu.
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SABOR QUEIROSIANO

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Se estivéssemos no final do século XIX, as canhoneiras das potências europeias já estariam fundeadas no porto do Pireu, prontas a disparar.

Ricardo Costa in "Expresso"
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UM TRIBUNO PRENHE DE IDEIAS

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António Costa sabe o que quer, tem ideias claras e exprime-as de forma cristalina. Dá gosto ouvi-lo, pois ouvir Costa é como acender uma luz em dia de eclipse. Leio que em Setúbal terá dito sobre a questão actual da Europa e da Grécia:

i) «Não é uma questão de ser radical ou não ser radical, não é sequer uma questão de ser de esquerda ou ser de direita, é uma questão de ser patriota e de ter ou não ter centradas as atenções na defesa dos interesses da economia nacional».

ii) «A melhor forma de defender o projecto europeu, de defender o euro, é criar condições para que no campo democrático dos defensores da integração europeia, dos defensores do euro, seja possível criar alternativas que reforcem a Europa e que reforcem o euro»

iii) «Se não criarem alternativas entre os defensores do euro e os defensores da Europa para uma nova política, essas alternativas surgirão não entre os defensores da Europa, mas entre os inimigos da Europa, não nos defensores da democracia, mas nos defensores do radicalismo, não nos defensores do euro mas naqueles que querem combater o euro».

A isto acrescento, se me permitem, que a mãe do caçador era também o pai do cão.
Costa, se não falasse, indiscutivelmente ia ter um resultado razoável nas próximas eleições. Com  estas soluções e esta eloquência, vai ser um êxito: não há cabo de esquadra que não vote nele.
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FOTOGRAFIA DO DIA

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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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"Young America"
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PENSAMENTO PARA HOJE

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1 MINUTO DE MÚSICA

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RETRATO

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SIGA O ENTERRO

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Catarina Martins, agora porta-voz do BE, usou a voz que porta para dar explicações  sobre a aliança do Syriza com o Gregos Independentes. Catarina empenha-se em explicar a coligação, o que significa que esta tem pouca explicação, ou não tem explicação nenhuma. Segundo a personalidade, a aliança é "centrada no essencial", mantendo-se "matérias que os dividem muitíssimo".
Perceberam? Se perceberam, felicito-os, porque eu não percebi. O que é essencial? A política anti-austeridade, naturalmente. E mais? Mais nada! 
Que fazer com a oposição à imigração, com o anti-semitismo, com a educação cristã ortodoxa, com a rejeição de uniões homossexuais, rebabá? Metem-se na gaveta como o impagável Marocas fez com o socialismo, ou são matérias para "implementar"? Em tal caso, apresso-me a dar os parabéns ao BE, a esse partido de massas (alimentícias) chamado "Livre", ao PS e a todos os esquerdistas que no Domingo passado deitaram foguetes depois da vitória de Aleixo Tripas.
Tripas, defensor duma política que já ninguém usa, queria montar o cavalo do poder com maioria absoluta de qualquer maneira; nem que fosse preciso vender a alma. E vendeu. Tripas é o Fausto da esquerda. Só que o Mefistófeles da direita não lhe vai dar tanta rédea como o da lenda.
O melhor era Catarina começar já a preparar-se para explicar porque falhou a coligação.  
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ORGULHO PORTUGUÊS

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(Com colaboração de António-Pedro Fonseca)
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CHEIRA A MARESIA

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PRA TRÁS !

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Acompanho com alguma apreensão e muita preocupação o caso das botas do prisioneiro 44 do Estabelecimento Prisional de Évora, como já se percebeu. Se a questão do cachecol do Benfica está resolvida—"Barbas" registou-se como visitante e já pode oferecer prendas ao Zezito—o mesmo não acontece com as botas, leio no "Público". O director do estabelecimento mantém-se irredutível e quer tirá-las ao engenheiro prisioneiro.
É má vontade, dizem os advogados, porque o regulamento só fala na proibição de botas militares e as do detido têm características de pantufas para conforto dos pezinhos. Acredito não se tratar de botas militares, pois isso é coisa que jamais entrou—ou entrará—em pé do Zezito, habituado que está a sapatos Gucci® desde os tempos de Vilar de Maçada. E por falar em Zezito, quero explicar porque lhe chamo assim.
Segundo os seus advogados, o juiz Carlos Alexandre nunca tratou Zezito por Sócrates, antes por senhor José Pinto de Sousa, o que acham coisa intencionalmente humilhante, pois o nome "Sócrates" é a imagem de marca do seu constituinte. Como não quero usar tal marca, pois em minha opinião, Sócrates há só um—o filho de Atenas—e Zezito não é filho de Atenas, nem gosta de Pinto de Sousa, uso o nome por que é conhecido na família, segundo revelou em tempos seu tio Júlio Monteiro, graça que é uma gracinha. Mas isto é um aparte que não interessa muito.
Interessa é que os advogados vão levar o caso das botas ao Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, o que nos parece legítimo, pois configura circunstância de clara violação de direitos, neste caso do direito de ter os pés quentes. Inclusivamente, o Artigo 21.º da Constituição por que nos regemos pela graça de Deus, prevê que "Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública." Assim, o Zezito tem até  direito a dar duas estocadas em quem quiser tirar-lhe as botas.
Como eu previa neste blog, que começa a assumir-se como local de oráculo, o caso das botas de Évora ainda vai acabar no Supremo Tribunal de Justiça. Se não mesmo no Conselho de Segurança das Nações Unidas. É verdade!
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE

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1 MINUTO DE MÚSICA

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GORRO PANDA

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POR QUÉ NO TE CALLAS ?

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Um senhor chamado Fernando Belo, filósofo, escreve hoje no "Público" em defesa da homeopatia, fazendo considerações sem ponta por onde se pegue. A páginas tantas escreve esta coisa obscura:

O que escandaliza o filósofo é a maneira não científica de abordar a questão (a detracção da homeopatia). Embora talvez por nenhum dos contendores ser médico, impressiona a inexistência de qualquer preocupação com os eventuais efeitos curativos da homeopatia: não só não lhes interessa, como negam que sejam devidos à medicamentação; não se pode argumentar de um só caso, dizem, mas sem pensarem nos outros milhares que há, que pode haver, que um cientista a sério ponderará como pondo problema, ainda que não seja ciência; aqui, isso fica excluído, é uma “falsa” ciência.

Inesperada e ironicamente, Fernando Belo considera que os detractores da homeopatia o fazem de forma "não científica"! E porquê? Talvez porque não sejam médicos, diz. Mas o que  impressiona mais Fernando Belo é a "inexistência de qualquer preocupação com os eventuais efeitos curativos da homeopatia", "não de casos isolados, mas de outros milhares que há, que um cientista a sério ponderará como pondo problema, ainda que não seja ciência".
Com todo o respeito pela opinião do filósofo, começo por lembrar que a população da Terra é de 7 mil milhões de almas e ele fala de alguns milhares dispersos por aqui e por ali que terão melhorado com a homeopatia, o que não significa nada. Belo não tem a mínima noção do que é ciência e método científico e não consegue sequer explicar-nos se a homeopatia é ou não ciência em sua opinião.
Cita depois um exemplo com doentes mentais—mal escolhido por serem os mais sensíveis ao efeito placebo—e conta também esta história, que é uma ternura: Vi uma familiar que começava a perder cabelo largar as injecções sem efeito de um dermatologista por uma homeopatia que lhe recuperou o cabelo em poucos meses.
Belo não tem a mais pálida ideia de qual era o problema da familiar, mas não hesita em usar um caso isolado e mal esclarecido de alopecia para explicar a rectidão de ter "fé" na homeopatia. No mínimo, ridículo.
Para encerrar com chave de ouro, cita Benveniste, o francês que falava muito duma coisa "metafísica" chamada memória da água e que publicou na revista "Nature" um trabalho sobre isso, trabalho que acabou por se verificar ter sido "manipulado" e lhe valeu a demissão do INSERM francês.
Um mestre meu costumava dizer que o papel aguenta tudo. O papel também aguenta esta prosa, claro! Mas dela não se aproveita nada, a não ser o exemplo disso mesmo: uma prosa de que não se aproveita nada. 
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ATRÁS DAS GRADES

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DURA LEX

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Os advogados do Zezito continuam a tentar "ganhar o jogo na secretaria". Agora, segundo se lê no jornal "Público", põem em causa o uso, como provas, da informação enviada pelas autoridades suíças sobre o circuito do dinheiro que permitia a Sócrates manter uma vida de luxo.
Não há dúvida que a Justiça deve ter regras, mas convém não exagerar. Já no caso dos submarinos, agora arquivado, houve informações que não puderam ser usadas por razões processuais, e depois, aparece uma personagem, presidente da ESCOM, de seu nome Hélder Bataglia, a falar na Comissão Parlamentar do recebimento de "alguns montantes" movimentados através do RERT. E Narciso Miranda, julgado num processo de pilha-galinhas, é absolvido apenas por um erro processual da acusação e vem depois cantar de galo para a TV, dissertando sobre o valor de ser honesto que é o seu caso. 
A manipulação processual pode absolver formalmente, mas não convence ninguém.
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FOTOGRAFIA DO DIA

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A descolagem
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NÃO PAGAR E BUFAR

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Aleixo Tripas, da extrema-esquerda, ganhou as eleições no Domingo, fez uma aliança com a extrema-direita na Segunda, no dia seguinte tinha Governo e na Quarta estava a governar—aumentou o salário mínimo, readmitiu funcionários públicos, suspendeu privatizações, e anunciou a oferta de electricidade a 300 mil famílias e a criação de bolsas de alimentos; fora o resto.
Hoje recebeu o Presidente do Parlamento Europeu e pediu tempo para pôr o País em condições. Não se percebe para quê—se há coisa que Aleixo não precisa é tempo, como fica demonstrado na autópsia, neste caso αυτοςὄψις, atrás relatada .
Por sua vez, o parlamentar europeu declarou que Aleixo está aberto ao diálogo e vai procurar soluções de mútuo acordocomo já se viu, acrescento.
Mas Aleixo disse mais: o objectivo é o regresso do País ao crescimento, dentro da coesão social. Não esclarece se o crescimento é da economia ou da dívida, mas não interessa isso. Anunciou ainda que a Europa irá sair da crise e será mais forte que nunca: provavelmente, arrastada pela locomotiva económica que é a Pátria de Aleixo.
Estou animadíssimo. Se Aleixo  triunfa, Portugal está salvo: Não pagamos... Não pagamos... Não pagamos!
A Merkel borra-se.
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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"Cosmos"
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PENSAMENTO PARA HOJE

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1 MINUTO DE MÚSICA

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PARIS DE FRANÇA

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(Com colaboração de F. Menezes Brandão)
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PONTE DO RIO QUEVAI

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EXCITAÇÕES ENCEFÁLICAS

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[...] No contexto da globalização e da correlativa desregulação, a receita keynesiana de meter dinheiro público na economia já não funciona. Não faz crescimento. Só consumo interno e dívida, lamentavelmente. [...]

Manuel Villaverde Cabral in "Observador"


[...] o que não esperávamos, ou pelo menos eu não esperava, era ver como a extrema-esquerda lava branco tão branco que não se lava apenas a si mesma, como também lava a extrema-direita. (sobre a aliança do Syriza/ANEL)

Helena Matos, idem
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MALEMA

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Natureza Morta
(Digo eu)
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SE É MUITO DE ESQUERDA, NÃO VEJA

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(Com colaboração de F. Menezes Brandão)
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DE VELA ACESA

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A PERSPECTIVA CÓSMICA

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O universo começou num ponto, dentro de uma esfera de raio zero, há quase 14 mil milhões de anos. Expandiu-se a velocidade inimaginável e assim continua, de forma acelerada, como se confirma pela observação do efeito Doppler na radiação que nos chega dos astros. Não sabemos quanto durará o processo expansivo: se será infinito; ou terá fim, observando-se então o inverso do Big-Bang, o Big-Crunch, ou Grande Colapso, provocado pela força da gravidade nos corpos celestes.
A infinitude da expansão, como toda a infinitude, é daqueles conceitos que chocam a nossa compreensão. Constitui uma abstracção admissível em teoria, mas pouco provável na realidade física ou cósmica, embora, em boa verdade, o início do Big-Bang, a partir do nada, seja coisa equivalente.
Serve isto para dizer que a eternidade futura da expansão universal se afigura pouco provável—pelo menos, para o meu encéfalo anquilosado. E, a acontecer um Big-Crunch, significará isso que o universo é—de sua natureza—igual a um foguete de lágrimas da pirotecnia. Já pensaram nisto? Que grande desperdício de meios!...
Provavelmente, tudo no universo é finito, nós incluídos. Todos, como seres possuidores de consciência individual ímpar, começámos por ser nada; ou, melhor dizendo, conjunto disperso de átomos e moléculas que se organizaram para tecer a vida que é a nossa.
A concepção é o nosso Big-Bang, seguido de expansão finita—fisicamente, até ao início da terceira década e, psicologicamente, até ao fim de quinta ou sexta década. Depois é o Big-Crunch humano—involuímos e regressamos ao nada, ou seja, ao conjunto disperso de átomos e moléculas, propriedade da natureza, que a vai usar em rochas e formas de vida diversas, incluindo a humana. Todos somos proprietários de estruturas atómicas que já incarnaram noutras pessoas, em galinhas, porcos, cordeiros, quiçá nalgum dinossauro. Essa é a reincarnação garantida. A completa, de que alguns falam, implica a reorganização total do mesmo ser através de reagrupamento de todos os seus componentes moleculares, teórica e matematicamente possível, mas muito improvável, embora se diga que tudo que é possível na natureza acontece.
Quanto à  infinitude da individualidade da consciência, teologicamente é explicada. Fora desse campo, o problema é insolúvel.
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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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1 MINUTO DE MÚSICA

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PENSAMENTO PARA HOJE

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AUSTERIDADE É QUESTÃO POLÍTICA

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Estamos todos fartos da troika e da austeridade decorrentes da situação de falência técnica herdada do Zezito, em boa hora eleito pastor do rebanho lusitano por inspirados cidadãos da República. Da troika, e até à próxima, estamos livres; da austeridade não!
Parafraseando a paráfrase eleita do Dr. Soares, a austeridade mata; e a gente não quer morrer. Ipso facto, não à austeridade! Pim.
Tsiras, logo que eleito timoneiro da Grécia, declarou urbi et orbi que a austeridade acabou na helénica Nação. Pim.
Fiquei exultante porque, afinal, é fácil acabar com ela—nunca pensei que fosse tão simples. Pim.
A esquerda acha que austeridade é uma questão política—estou a citar João Miguel Tavares, perigoso fassista. Nunca me tinha lembrado disso. João Miguel Tavares tende a achar que a questão é matemática e que, enquanto dois mais dois não forem cinco, a Grécia tem pouca margem de manobra.
Não sei. Dois mais dois não serão cinco? Tem Tavares a certeza que não?
Esperemos para ver. Às tantas, austeridade é mesmo questão política, como a prisão do Zezito. Sendo assim, nós podemos fazer o mesmo, elegemos outra vez o Zezito e saímos desta limpos como Atenas. Pim.
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FOTOGRAFIA DO DIA

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'INTERNATIONAL DARK-SKY ASSOCIATION'

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Falo às vezes na poluição luminosa nocturna do céu a respeito da impossibilidade de ver as estrelas propriamente ditas—não as que Passos Coelho e Maria Luís nos fazem ver—e, para ser franco, nunca tinha pensado muito nisso. Hoje "caí" num site duma organização chamada International Dark-Sky Association, o mesmo que Associação Internacional do Céu Escuro e fiquei a saber que a poluição luminosa tem problemas insuspeitados para muitos, eu incluído. Desde a conhecida interferência com funções fisiológicas de ritmo circadiano, reguladas pela alternância do dia e da noite, até ao comprometimento de outras formas da vida e dos movimentos migratórios na biosfera, aos custos energéticos, que representam milhões de milhões de dracmas e milhares de milhões de toneladas de lixo.
Há poucos séculos, a Via Láctea era visível à noite em quase todo o território dos Estados Unidos. Hoje 99% da população americana vive em áreas onde nunca a viram—recordo-me de a ver em criança, mas até já me tinha esquecido disso.
O vídeo em cima, da referida Associação, com legendas em inglês fáceis de acompanhar, dá uma panorâmica do problema—muito bem feito.
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RETRATO

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PRÒ PANTEÃO, JÁ !

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Hoje o Dr. Mário Soares desiludiu-me, o que não me lembro de acontecer ao longo de uma vida já longa que é a minha. Depois da estrondosa vitória de Alexis Tsipras, dedica-lhe apenas 224 palavras de incenso na sua habitual crónica do DN, hoje quase com 1.000 (mil!). Alexis, que tem a honra de se contar entre os amigos do senador, deve sentir-se triste por tão apagada manifestação de regozijo. Embora o título de toda a peça seja—é verdade—"Viva a Grécia",  tal afigura-se-me pouco, por demasiado impessoal.
Sei que Mário enviou seguramente um fax a Alexis—os faxes foram desde sempre a especialidade do Dr. Soares—mas fax é coisa apagada, sem  retumbância pública. O pai da democracia de sucesso em que vivemos nem devia usar o DN para celebrar a vitória da esquerda em Atenas, terra de Sócrates, mas a primeira página do "The Times" e aí verter uma daquelas prosas de derramar lágrima sobre tinta de imprensa, como sabe fazer.
Mas não! Preocupado como anda com as questões ambientais, depois de ler o livro "Dez mil Milhões - Enfrentando o Nosso Futuro", do "professor ilustre de Cambridge, Stephen Emmott" em Outubro de 2013, como faz questão de lembrar, dedica quase o mesmo espaço à "busca do petróleo, furando a terra e provocando trágicas consequências nos oceanos, a que infelizmente temos vindo a assistir nos últimos anos."
Graças a Deus que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "um político de uma inteligência e visão extraordinárias, fez baixar o preço do petróleo por toda a parte, tentando ao mesmo tempo limitar a fúria dos oceanos e a consequente formação de gelo que este ano, excepcional, atingiu as duas costas dos Estados Unidos e outros continentes". Imaginem que Obama não limitava a fúria dos oceanos e a consequente formação de gelo nas costas dos Estados Unidos e noutros continentes! Que seria de nós?
A Administração Obama contrasta com a de Portugal, onde o mar destrói as praias, incluindo a do Vau, e o Governo não faz nada. Ao menos, uma novena a Santa Bárbara, padroeira das tormentas. 
Nunca se viu uma coisa assim: o Presidente não diz nada, a coligação não se entende, o Governo está paralisado, não vendeu a PT a Isabel dos Santosuma lusófonasabe-se lá porquê e, se morro, são capazes de ter o desplante de não me porem no Panteão! A mim, que não preciso de fazer nada, basta meter-me em cima de um andor e deixar andar, porque isso é suficiente para me aplaudirem! Já viram isto?!!!
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE

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1 MINUTO DE MÚSICA

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A CRIATIVIDADE DA LOUCURA

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A doença mental já conheceu piores dias em termos sociais—é cada vez mais encarada como parte da condição humana; mesmo positiva, acham alguns artistas modernos.
Toda a criatividade será uma viagem irracional que permite ver coisas fora de nós, coisas novas que escapam a mentes espartilhadas pela "normalidade". 
Platão achava a loucura um dom divino, alimento do êxtase poético. E a história mostra-nos exemplos de loucura e génio artístico de braço dado em todo o mundo. Desde van Gogh, ele próprio doente, provavelmente de porfíria aguda intermitente, agravada por hectolitros de absinto, até artistas como Vittore Carpaccio, Albrecht Durer, Gustave Courbet e muitos outros que tomaram as psicoses e os tratamentos da época como tema para suas obras; a arte e a doença mental são companheiras de longa data.Os artistas não têm necessidade de ser malucos e nem sempre são, diga-se, mas—mostra a experiência—a loucura ajuda. Quando se sentir muito inspirado, é melhor consultar um psiquiatra.
Na imagem em cima vê-se o autorretrato de van Gogh com o penso no local da orelha que ele próprio cortou num acesso de insanidade, dando origem ao folclore mundial da "van Gogh's ear" que serve para tudo, desde marca de bebida até nome de restaurante ou discoteca; e depois, à direita e em baixo, quadros de Theodore Gericault e Gustave Courbet sobre loucos, sendo que o segundo, intitulado "Homem Desesparado" é ele próprio, Gustave.
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RETRATO

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PINGOS DE 'MEDIA'

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Há reclusos nas cadeias portuguesas a exigirem ao Estado o pagamento de estimulantes sexuais, tratamentos que podem custar elevadas quantias. Um dos casos aconteceu no Estabelecimento Prisional de Coimbra, onde um recluso de 74 anos, após uma consulta de Urologia, entregou nos serviços clínicos, para ser custeada pelo Estado, uma receita de Viagra. O tratamento era prolongado e ficava em 400 euros.

In "Correio da Manhã"

Um tribunal alemão decidiu que urinar de pé é um direito dos homens após senhorio retirar três mil euros a inquilino que estragou chão com urina.

Idem 

O secretário-geral da Fenprof afirmou esta segunda-feira que as reprovações na avaliação dos professores não provam que esses docentes sejam "piores ou menos competentes" que os outros, e considerou o teste "uma completa inutilidade".

(Dos 2.490 que fizeram a prova, chumbaram cerca de 870, dos quais 290 pela segunda vez)

Ibidem 

O “Wall Street Journal” fez uma experiência num escritório e pegou em oito telefones ao acaso: todos tinham bactérias provenientes de matérias fecais e alguns tinham mais germes que uma sanita.

Jornal "i"



Idem


Ibidem
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LISBOA MENINA E MOÇA

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