sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

SIGA O ENTERRO

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Catarina Martins, agora porta-voz do BE, usou a voz que porta para dar explicações  sobre a aliança do Syriza com o Gregos Independentes. Catarina empenha-se em explicar a coligação, o que significa que esta tem pouca explicação, ou não tem explicação nenhuma. Segundo a personalidade, a aliança é "centrada no essencial", mantendo-se "matérias que os dividem muitíssimo".
Perceberam? Se perceberam, felicito-os, porque eu não percebi. O que é essencial? A política anti-austeridade, naturalmente. E mais? Mais nada! 
Que fazer com a oposição à imigração, com o anti-semitismo, com a educação cristã ortodoxa, com a rejeição de uniões homossexuais, rebabá? Metem-se na gaveta como o impagável Marocas fez com o socialismo, ou são matérias para "implementar"? Em tal caso, apresso-me a dar os parabéns ao BE, a esse partido de massas (alimentícias) chamado "Livre", ao PS e a todos os esquerdistas que no Domingo passado deitaram foguetes depois da vitória de Aleixo Tripas.
Tripas, defensor duma política que já ninguém usa, queria montar o cavalo do poder com maioria absoluta de qualquer maneira; nem que fosse preciso vender a alma. E vendeu. Tripas é o Fausto da esquerda. Só que o Mefistófeles da direita não lhe vai dar tanta rédea como o da lenda.
O melhor era Catarina começar já a preparar-se para explicar porque falhou a coligação.  
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