sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

CAMA E MESA SEM ROUPA LAVADA

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Fernanda Câncio opina hoje no DN sobre os abusos do Ministério Público e de um juiz de instrução num processo que têm entre mãos—mais concretamente, o decorrente da Operação Marquês—e fala, entre outras coisas, sobre a "denegação de acesso a banho e muda de roupa durante vários dias de detenção".
Câncio acha que depois da célebre peça "Vamos a supor", vertida pela Dr.ª Paula Lourenço no Boletim da Ordem dos Advogados, devia a Procuradoria-Geral da República tomar medidas imediatas e não permitir mais violências como a de não dispor alguém de um par de ceroulas para manter o assento asseado. São factos assim que enviesam a Justiça, penso eu também.
Mas, tanto quanto se percebe da prosa—também ela enviesada—de Câncio, a Procuradora-Geral da República terá já informado em comunicado que as referidas acusações da advogada Paula Lourenço estão no recurso para a Relação sobre as medidas de coacção, tendo o Ministério Público tomado posição no local próprio. Sendo assim, não se percebe o que Câncio quer—provavelmente, só fazer ruído.
E fazer ruído num caso e numa situação em que devia haver declaração prévia de conflito de interesses, não classifica grandemente a jornalista. Também é verdade que a jornalista não é grandemente classificável, facto a ter em conta no apreço do pasquim.
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