terça-feira, 30 de junho de 2015

OS GRANDES VELEIROS


PENSAMENTO PARA HOJE

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VIOLINISTA DO TEJO

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À MEIA-NOITE SAIU DE UM CANO

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Seguramente, já leu ou ouviu que o dia hoje tem mais um segundo que ontem e que amanhã. Vai ter 864.001 segundos, se fiz bem as contas! Olhe que isto não acontece muitas vezes. Nem sei mesmo se vai repetir-se no resto da sua vida porque tem a ver com a velocidade com que a Terra completa uma rotação, nem sempre igual. Vai-se atrasando, mas sem programa. Aliás, os astros são um nadinha desordenados. A Lua, por exemplo, nunca faz uma volta à Terra da mesma maneira—improvisa, o que acho muito mal mas não posso fazer nada.
Mas isso não interessa agora. O que queria mesmo sugerir—não sei se vou a tempo—era que escrevesse, ou gravasse num CD por exemplo,  uma descrição completa da forma como passou esse segundo. Não exige grande preparação. Basta ligar-se ao  Time Ticker, ajustá-lo para Portugal e, quando começar o dito segundo, sem pensar no Nóvoa porque esse iria ocupar-lhe o tempo todo, concentrar-se e registar o que lhe passou pela cabeçaquantas vezes pensou em emigrar para a Grécia, se decidiu votar no Rui Tavares, se imaginou a figura do Bruno de Carvalho a morrer para não fazerem mal ao Sporting, ou se se lembrou d' O Dolicocéfalo, o que agradeço desde já, em caso afirmativo.
Vai ver que é um registo precioso para mostrar aos seus netos daqui a uns anos. Provavelmente, eles—coitadinhos!—nem acreditarão naquilo por que passámos hoje.
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(Com colaboração de Pedro Masson, exceptuando as bacoquices pelas quais assumo a responsabilidade)
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RETRATO

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MERDE DE CHIEN

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Já lhe aconteceu, muito provavelmente, pôr um pé—talvez os dois—em cima de um cagalhão do cão que o seu vizinho faz o favor de levar à rua para se aliviar e o presentear com esse tipo de piso macio e aveludado. É uma tradição cultural que vem de longe e é bom que não se extinga assim de repente. Aliás, com história, como vou explicar.
No tempo dos transportes de tracção animal, era comum as ruas das grandes cidades estarem decoradas com abundantes figos das cavalgaduras de tiro, coisa banal e até apreciada pelo ar campestre que dava às urbes. Nessa época, cagalhão de cão era minudência. Com a chegada dos carros a motor, autocarros, eléctricos, comboios e por aí além, os figos e a bosta foram-se e ficaram os cagalhões caninos a dominar no campo dos excrementos urbanos. Nada que não fosse útil; mesmo factor económico. Por exemplo, no Século XIX, em Paris, havia profissionais da colheita de merde de chien. Percorriam a cidade enchendo sacos da dita que vendiam a mégissiers para curtir pele de ovelha. Dez quilogramas da dita merde chegavam para tratar 12.000 peles ovinas.
Mas, pelos anos 20 do Século passado, os médicos e uns tantos janotas de olfato mais delicado começaram a implicar com o valor económico da merde de chien e o abastecimento dos curtidores foi-se abaixo. O que era riqueza virou trampa. Mal feito!
Em Lisboa, passou-se o inverso: merda de cão é o que mais há nas ruas, mas faltam os curtidores que a usem. A maior parte dos curtidores actuais preferem  a ganza, o ecstasy, o cavalo ou a castanha. Outros tempos, modas novas. É a vida!
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CORVETA 'CAZADORA'

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(Marinha Espanhola)
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A BÍBLIA E A HISTÓRIA

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No site "AEON Ideas", encontram-se entre muitas outras, estas perguntas: "É a Bíblia Verdadeira? Interessa isso?" (Pode ler aqui)
Michael Satlow, professor de Estudos Religiosos na Universidade de Brown, escreve um texto interessante, em minha opinião. Diz Satlow que não há nenhum rigor histórico no Antigo Testamento e há fundadas razões para duvidar do que ali se conta. Não existe nenhuma evidência, por exemplo, do Êxodo, da existência do Rei Salomão, da conquista de Jericó e por aí fora. A Bíblia, nesse aspecto, não é um fiel repositório de factos históricos, antes uma colecção de mitos judaicos antigos.
No que respeita ao Novo Testamento, estamos quase na mesma. Embora seja muito provável que tenha existido um homem chamado Jesus, os factos  da Sua vida  não são confirmáveis, apesar dos Evangelhos. Estes contêm narrações contraditórias e, por outro lado, as referências a Jesus fora da Bíblia são suficientemente raras para  permitirem admitir que não teve grande impacto na sociedade do seu tempo.
Portanto, a Bíblia não é historicamente verdadeira, diz Satlow, facto conhecido desde Espinoza. Mas pergunta de seguida: Quem se importa com isso?
Por um lado, ateus e agnósticos acham que a situação é esclarecedora e um bom argumento para refutar tudo em que judeus e cristãos acreditam.  Por outro, judeus e cristãos radicalizados, talvez por sentirem a fé ameaçada, reagem asperamente e defendem à letra narrações bíblicas indefensáveis, como o Génesis, por exemplo.
Na realidade, o grande legado das Escrituras será, não o rigor do texto, mas as ideias que pretende transmitir. As histórias podem ser fracas e a mensagem não. Esse é o ponto de vista de Satlow. Depois vem o direito de emitir juízos de valor sobre a mensagem e a forma como é cultivada no planeta. Já se viu que há ene formas de o fazer, mas isso é outra história.
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segunda-feira, 29 de junho de 2015

OS GRANDES VLEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE


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PALA PALA

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VIVO LOGO EVOLUO

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Imagine um passageiro do Metro a entrar na estação e correr para o comboio em vias de partir. Quando está quase a conseguir embarcar, as portas fecham-se e ele fica em terra à espera da próxima composição. Numa fracção de segundo, no máximo um segundo, o que podia ser uma realidade, passou a ser outra. Na primeira, iria encontrar um grupo de passageiros com características assim e assado, chegaria mais cedo ao destino, eventualmente teria tempo para tomar um café antes de fazer o que queria e por aí fora. Na segunda encontra diferentes passageiros, eventualmente um deles dá-lhe um encontrão, desembarca mais tarde no destino e, ao sair da estação é atropelado por um táxi e morre logo ali. É assim a vida dir-se-á. Exactamente! Por isso é que falo nisto.
A vida surgiu na Terra há 3,8 mil milhões de anos—não se percebe porque carga de água—e o homem só há 200 mil anos. Isto é, a Terra viveu muito bem sem nós milhares de milhões de anos e, provavelmente, até se dava melhor assim! A pergunta é como aconteceu o nosso aparecimento? Foi uma situação em que a vida inteligente conseguiu apanhar o comboio mesmo à justa, por acaso e um triz, ou a coisa era inevitável, mais tarde ou mais cedo? O comboio esperava por nós, mesmo que chegássemos atrasados?
Somos resultado da evolução natural e ela não tem objectivo, diz quem sabe—é aleatória. Mas a verdade é que a vida inteligente apareceu e é bem possível que, se não tivesse apanhado aquele comboio, apanhava outro e não lhe acontecia como o passageiro que morreu atropelado. Não tem explicação, mas a vida não pára de evoluir no sentido do progresso, e a inteligência é isso mesmo. É difícil apercebermo-nos da evolução nos seres mais complexos, mas em bactérias e outros procariotas conseguem-se ver, em pouco tempo, alterações de adaptação ao meio extraordinárias.
A vida tem uma dinâmica evolutiva inesperada. Faz parte da sua natureza evoluir sempre para melhor, sabe-se lá porquê. Provavelmente, nunca teremos resposta científica para este mistério; apenas filosófica, ou teológica. No actual estado da evolução, o homem não pode saber tudo. É pena. Mas dá que pensar!

RETRATO

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HOMO SAPIENS ???


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(Para ler legendas em inglês, clique no ícone rectangular)

No próximo dia 15 de Julho a sonda da NASA "Novos Horizontes" passará, num ângulo de 46 graus em relação ao plano da órbita de Plutão, no sistema constituído por este planeta "despromovido" e seu satélite Charon, depois de uma viagem de 3 mil dias e quase 5 mil milhões de quilómetros.
O homem, ao contrário de muitos outros animais, não é um ser estático. Partiu há 200 mil anos de África—mais coisa, menos coisa—espalhou-se por todos os continentes da Terra e envia agora engenhos até ao limite do Sistema Solar; engenhos capazes de lhe transmitir informação sobre o que ali se passa e não passa. Tão inteligente que é e não consegue resolver problemas como o do Syriza, da Grécia, de Tripas e Viroufacas! Alguém percebe isto?
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RIR É O MELHOR REMÉDIO

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Se o ridículo matasse, já estavas morto!
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domingo, 28 de junho de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE

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'DOLCE FAR NIENTE'

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A ARMADA ESPANHOLA

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Esta é uma imagem, tosca mas bonita, da Armada Invencível de Filipe II de Espanha que partiu de Lisboa em 1588 para invadir a Inglaterra. A ideia, apoiada pelo Papa Sisto V, era a de acabar com o Protestantismo e fazer regressar a Inglaterra ao Catolicismo.
A Armada transportava tropas espanholas poderosas que, se têm chegado a desembarcar, estariam em Londres numa semana. A Inglaterra teria voltado ao Catolicismo, não teria havido Império Britânico coisa nenhuma e, provavelmente, hoje falar-se-ia espanhol em Londres.
O problema foi no mar: temporais, falta de planeamento e táctica de carregar pela boca. O comandante da Armada, Medina Sidonia, era um burocrata sem experiência de mar que havia pedido ao rei dispensa daquela missão porque "sempre que tinha viajado de navio, havia enjoado (!)". Amadorismo da pedra lascada!
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RETRATO

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A CÉSAR O QUE É DA CGA

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Leio no jornal um título (só o título, faço notar!) que Carlos César, Presidente do PS, terá dito: "Se temos maus políticos é porque os portugueses querem". Como não gasto energia eléctrica a ler discursos de César, fiquei sem saber a que políticos se referia: se a Passos Coelho, Portas, Zezito, Costa, ou a ele próprio. De qualquer maneira, a dúvida é irrelevante porque a afirmação aplica-se a todos, apenas com a ressalva de que cada um é pior que todos os outros, charada tipo algoritmo de Dijkstra, coisa onde é difícil meter dente, a exigir intervenção de Crato, matemático ilustre e ministro por engano.
César é neste momento político profissional a tempo inteiro, por devoção, e reformado, não se sabe bem de quê, desde os  56 anos por vocação. Adicionalmente, manda bitaites e é muito considerado na rua dele.
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SPINNAKER

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ANTES TARDE QUE NUNCA

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[...] Entretanto, enquanto escrevia a crónica constou que o enésimo acordo iminente se transformou no cancelamento das negociações e num referendo do Syriza à vontade popular. Crentes na sensatez dos seus representantes, os gregos correm a exportar divisas e a assaltar os multibancos. Volta a crescer a ansiedade e a certeza de que, no fundo, toda a gente sabe como é que a paródia acabará: mal. E porcamente para a Grécia. Sem dinheiro, não há palhaços? Há sim, senhor. Duvido é que voltem a vencer eleições. O futuro da esquerda envelheceu depressa.
Alberto Gonçalves in "Diário de Notícias"
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sábado, 27 de junho de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE

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A ARTE DE ENCALHAR NAVIOS

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RETRATO

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A CROSTA DOS CONTINENTES

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A Terra é o único planeta conhecido com a superfície dividida em oceanos e continentes. Estes, chegou-se recentemente à conclusão, surgiram há 3 mil milhões de anos e, em média, estão cerca de 4 km acima do nível do fundo dos mares.
A crosta terrestre, na parte correspondente aos continentes, tem à volta de 35 km de espessura, em contraste com o fundo do mar, onde tem apenas 7 km, mais ou menos.
Os continentes surgiram em resultado do movimento das placas tectónicas, mas a sua superfície, constantemente sujeita a fenómenos de erosão e erupções vulcânicas, é hoje muito diferente do que foi. A Acrópole de Atenas, por exemplo, só surgiu 450 anos AC e a casa com vista para a dita, onde Varoufakis toca piano, come peixe grelhado e bebe vinho branco Santorini, é mais recente ainda.
Para chegar a estas conclusões, investigadores da Universidade de Bristol analisaram e dataram mais de 13 mil rochas da crosta terrestre—gabo-lhes a paciência!—embora não tenham ido ao ninho de amor—"Paris Match" dixit—de Yanis pianista, grande músico por sinal. Naturalmente, também ninguém estava à espera que os bristolenses fossem tirar um tijolo da casa de Danae Stratou que muito lhe custou a pagar—se é que já está paga!...
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DÁ-ME LUME

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RETRATO

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PROSA SEM JEITO

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No "Dicionário de Expressões Correntes" da Editorial Notícias, lê-se que «encanar a perna à rã» é o mesmo que «não fazer nada; atrasar; não resolver; demorar; empatar». Para maior clareza é, por exemplo, ir para uma reunião acordar na solução de um problema existente entre duas partes e apresentar sistematicamente propostas que configuram variantes duma solução inicial já rejeitada, mas agora com nova roupagem, o que permite o lamento de que os esforços feitos para acordo não estão a ser reconhecidos. Neste exemplo, a referida expressão pode ser substituída por outra, também feliz, que é "fazer dos outros parvos".
A coisa, habitualmente,  começa a encanitar os encéfalos dos outros protagonistas, até que chega a hora do encanitador ser encaminhado para a senhora sua mãe. Segue-se depois o coro de lamentos que constam de lista antiga, fruto de longa experiência na arte de bem encanar a perna à rã em toda a situação e inclui acusações variadas, verbi gratia incapacidade contumaz de dialogar, má fé, maldade, prepotência, hábito  de bater na avó e cuspir na sopa e outra taras.
Chegado aqui, perguntar-se-á a que propósito vem a conversa. Para ser franco, nem eu sei. Admito que sejam coisas da idade porque ainda hoje não li nada nos jornais que me sugerisse esta estúpida prosa.
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sexta-feira, 26 de junho de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE

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RETRATO

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SÓ ÁGUA III

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Em 11 de Novembro de 2014, incluí neste espaço um escrito com o título "Só Água II", nos seguintes termos:

Publiquei há dias um post intitulado "Só Água" em que falava da homeopatia a respeito do artigo sobre a matéria do professor Carlos Fiolhais no jornal "Público". Hoje tive conhecimento que esse artigo foi violentamente criticado pelo doutor Paulo Varela Gomes, professor no departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra, segundo julgo.
Varela Gomes sofre de cancro na  garganta há dois anos e meio e, tanto quanto se percebe da sua carta, sendo o tumor inoperável, decidiu tratar-se com métodos homeopáticos e diz sentir-se bem.
Por respeito a um doente com a doença em causa, não vou fazer mais comentários sobre a sua situação clínica. Mas gostaria de salientar que a ciência não se constrói com a observação de casos isolados. Se o professor Varela Gomes está melhor, ou curado, tal é motivo de satisfação para todos. Masprimeirogostaria de lembrar que os tumores malignos podem ter comportamento inesperado e, nalguns casos de cura, esta deve-se à natureza, não ao tratamento. Esegundo e mais importanteque cartas como a do professor Varela Gomes servem para incentivar comportamentos lamentáveis de outros doentes que poderiam ser tratados correctamente com sucesso e, infelizmente, optam por métodos sem base científica, como a homeopatia e similares, e têm evolução funesta.
Uma coisa é o domínio da emoção; outra, a ciência, emocionalmente neutra e com métodos exigentes de valorização da doutrina.

Hoje, o colega Pedro Masson fez-me chegar um texto—de grande qualidade, impressionante pela coragem que revela e comovente pelo drama que envolve—do professor Varela Gomes, onde descreve a sua situação, aparentemente terminal. Dada a delicadeza da matéria, não vou alongar-me em comentários, aliás óbvios. Mas não posso deixar de repetir o alerta que então escrevi: [...] cartas como a do professor Varela Gomes servem para incentivar comportamentos lamentáveis de outros doentes que poderiam ser tratados correctamente com sucesso e, infelizmente, optam por métodos sem base científica, como a homeopatia e similares, e têm evolução funesta.

Ao professor Varela Gomes desejo que possa continuar a enfrentar com a coragem até agora revelada a fragilidade do organismo que lhe alimenta o espírito.  
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A AMAZONA

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PIORES QUE O DEUS ME LIVRE !

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Fala-se actualmente, talvez mais que nunca, em biodiversidade e extinção de espécies, referindo fenómenos como o dos elefantes, do lince ibérico, das baleias, de variadíssimas espécies de peixes e por aí fora. Diz-se mesmo que vivemos a Sexta Extinção, com eventual início há 10 mil anos, no fim da Época do Pleistoceno. Todos os dias somos bombardeados com críticas ao comportamento humano—sendo que ao homem é atribuída a rara capacidade de modificar parte do universo, ainda que pequena—e ameaças do fim do mundo.
Do alto da minha insignificância, não tenho opinião—ignoro se sim, se não. Mas é interessante ouvir todas as partes, pois verifica-se frequentemente que a alguns é negado o direito de dizer o que é politicamente incorrecto. Mostra a experiência que nem sempre a razão está do lado da maioria e muito menos está cabalmente demonstrado que essa maioria é desinteressada nas posições que defende.
Já percebi que, em relação à extinção de espécies, há três perguntas que enfurecem os doutrinadores ambientalistas contemporâneos: i) Porque lutar contra as extinções? ii) Não são as extinções mecanismos da evolução para seleccionar os mais aptos? iii) Lutar contra elas não é proibir a evolução e impedir a vinda de seres mais adaptados ao meio em mutação constante?
Não sou insensível a tal ponto de vista. Darwin, na sua obra clássica, "A Origem das Espécies", escreveu: (1) A extinção de espécies ocorreu continuamente em toda a história da vida, primeiro localmente e depois em todo o planeta. A extinção das espécies é geralmente mais lenta que a sua produção. (2) O desaparecimento súbito de muitas espécies, agora chamado extinção em massa, nunca ocorreu. (3) A extinção—usualmente, embora nem sempre—é resultado de incapacidade de competir com outras espécies. A causa é biológica, não física. (4) A extinção está fortemente ligada ao processo da selecção natural, sendo por isso um componente importante nesse processo.
Chegado aqui, estou impedido de dizer—como faço às vezes—que ainda não aconteceu nada. Já aconteceu perceber-se que Darwin, se fosse vivo, não seria considerado politicamente correcto, talvez até impedido de publicar o que quer que fosse na "Nature", ou na "Science", eventualmente considerado pelos ambientalistas de serviço uma besta quadrada.
Há actualmente—pensando bem, talvez houvesse sempre—"modas" científicas que apaixonam muitos bem intencionados, alguns mal informados e uns tantos interessados. É cada vez mais complicado para artolas como eu distinguir o que tem ponta por onde se pegue e o que é simples bosta de vaca. Certas "cruzadas científicas" tornam-se tão chatas pelo exagero da insistência que o cidadão, às tantas, já não pode atender os cruzados—nem vê-los! E quando os factos mostram que estavam a jogar só com um par de duques, mudam a agulha e arranjam outra. São piores que o Deus me livre!
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quinta-feira, 25 de junho de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE

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1 MINUTO DE MÚSICA

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RETRATO

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FLASH INTERVIEW

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O Dr. Costa está mal colocado na grelha de partida para as eleições, pior que Tozé, e anda entupido; entupimento que agrava a sua já proverbial falta de fósforo encefálico. Confrontado com o facto do PS não descolar da coligação nas sondagens, alivia-se com a tirada original, inédita e nada estafada de que as sondagens valem o que valem, o que, a ser verdade, não augura nada de bom para ele e para o PS.  
A esta, juntou agora outra: "As sondagens que contam são as das urnas", afirmação decorrente do nevoeiro que lhe enche a caixa craniana. Sondagens de opinião—é dessas que fala—por definição, são estimativas feitas a partir da consulta de amostras significativas, mas parciais. As urnas exprimem o resultado final da consulta ao total da população e são coisa muito diferente. Para o Dr. Costa é tudo a mesma cangalhada, está mais que visto.
Desta conversa, parte para outra  digna de flash interview no fim de jogo Sanjoanense vs Clube de Futebol de Perosinho: "Temos de continuar a trabalhar, a fazer o que nos compete e a reforçar a confiança". Faltou o "levantar a cabeça" e o "olhar em frente". Nesse aspecto, os jogadores da bola levam vantagem ao Dr. Costa. O que não me admira, acrescento.
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O EXTRAORDINÁRIO MUNDO DAS FORMIGAS

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Muito antes dos primeiros hominídeos surgirem no planeta, já a formiga cortadeira criava seres vivos para se alimentar. As suas colónias são sustentadas por um complexo e extraordinário processo agro-alimentar iniciado com o corte de folhas das árvores que transportam nas mandíbulas para o formigueiro, folhas com peso várias vezes superior ao seu.
As folhas são armazenadas em condições que favorecem o crescimento de fungos, base da alimentação das formigas. Curiosamente, o trabalho é dividido em especialidades, coisa que o homem só viria a aprender tarde na evolução.
Algumas espécies são pragas agrícolas capazes de desfolhar uma árvore em horas.
O vídeo dispensa a explicação da narradora—bastante claramas pode ler legendas em inglês clicando no ícone rectangular, se não aparecerem automaticamente.
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PONTO DE VISTA

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O ESTALEIRO JÁ SE ACABOU, A TAP ESTÁ-SE A ACABAR . . .

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A propósito da venda da TAP e do coro desafinado de protestos que tem motivado, falei há dias dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, como a TAP um cancro económico e social com anos de evolução, conservado meticulosamente em microclima artificial pelos adeptos do quanto pior, melhor, do costume. Hoje leio no jornal "Público" uma carta à Directora com que não posso estar mais de acordo e, por isso, transcrevo a seguir.
O Estaleiro já se acabou, a TAP está-se a acabar, falta o Metro mais a Carris, meu rico S.João dá-me um balão para eu brincar.
  
Havemos de ir a Viana...

Desde criança que fui habituado no mês de Agosto ir a Viana do Castelo assistir à Romaria da Senhora da Agonia e confesso que o que mais adorava era ver os cabeçudos a desfilar. Dei comigo a pensar nesta cena quando li há dias que os estaleiros navais estão a erguer-se graças à nova gestão que tem conseguido várias encomendas e com isso contratado e subcontratado algumas centenas de trabalhadores o que é óptimo para Viana, para o País e para a economia nacional e tudo isto após vários anos ter causado enormes danos a todos nós.
Pelos vistos, quando digo a todos nós, talvez seja um exagero pois ninguém esquece a romaria da brigada do quanto pior, melhor, que se deslocou à cidade foz do rio Lima em Dezembro de 2013 na tentativa habitual de impedir qualquer solução. Como se já não bastasse o rombo na época causado pela anulação da encomenda de dois ferryboats feita pelo governo socialista dos Açores, soube-se hoje que a eurodeputada socialista Ana Gomes continua na sua luta protestando contra a própria decisão de Bruxelas que foi favorável ao governo. Será difícil imaginar com que tamanho devem estar nesta altura as cabeças daquela brigada? Termino lembrando Amália, “Se o meu sangue não me engana, havemos de ir a Viana”, em homenagem àquela gente tão pura e trabalhadora.

Jorge Morais, Porto
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quarta-feira, 24 de junho de 2015

OS GRANDES VELEIROS

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PENSAMENTO PARA HOJE

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1 MINUTO DE MÚSICA

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TIPO 'IMPACT' DIMENSÃO 24

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OBRIGADO NEELEMAN. OBRIGADO PEDROSA.



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SKIPPER E CO-SKIPPER

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