sexta-feira, 11 de setembro de 2015

FICÇÃO CIENTÍFICA ?

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Em 2010, a Craig Venter, de Maryland, deu um enorme passo na genómica sintética  ao criar o que chamou de Synthia, o primeiro ser vivo filho de um computador. Era uma simples bactéria, mas com todo o ADN produzido artificialmente, in vitro.
Pouco depois, a capacidade de sequenciar o ADN melhorou de tal forma que foi possível extrair todo o genoma de um osso com 80 mil anos de idade de um antepassado do homem, o Hominídeo de Desinova, encontrado numa caverna da Sibéria.
Este ano, no Reino Unido,  tornou-se legal a criação de crianças com três progenitores, ou seja, um pai e uma mãe biológicos e uma segunda mulher dadora de genoma de mitocôndrias sem os defeitos existentes no da mãe biológica.
Neste momento, a Venter está a trabalhar na re-engenharia de pulmões de porco, de modo a poderem ser usados em transplantes humanos, o que se afigura uma revolução no tratamento de afecções pulmonares, responsáveis por um décimo das mortes por doença na Europa.
E, em 2020, muitos hospitais terão departamentos de medicina genómica, de modo a desenhar individualmente a terapêutica baseada na constituição genética do doente.
Serve o resumo acima para imaginar o que poderá ser o futuro em matéria de Medicina e Biologia. Cheira tudo a fantasia e ficção científica? Claro que cheira. Mas a que cheirariam, há apenas 100 anos, histórias como a da ida do homem à Lua, ou da colocação de um rover em Marte a encaminhar dados e imagens científicas para a Terra, ou do envio duma sonda até Plutão, quando ainda se pensava que o universo era apenas e se esgotava nesta insignificância chamada Via Láctea que é a nossa galáxia?
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