terça-feira, 24 de janeiro de 2017

CADA UM POR SI

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Uma instituição como a União Europeia sempre me fez sentir insegurança. Como dizia há dias, o homem "nasceu" na África e colonizou posteriormente a maior parte da superfície emersa do planeta. Condições ecológicas diversas condicionaram, pela selecção natural, o seu genotipo, determinando diferenças traduzidas nas raças.
Condições fenotípicas afins moldaram — em todas as raças — grupos diferentes com características sociológicas próprias: ocupação permanente do mesmo território, língua comum, aspirações materiais e espirituais idênticas, hábitos semelhantes e por aí fora. Assim nasceu a nação.
Mas a nação carecia de se organizar para garantir a protecção colectiva e assegurar convivência adequada ao bem comum: nasceu então o estado. 
Todo o processo do nascimento foi lento —à escala de milénios — e implicou grandes sobressaltos, mesmo tragédias. Não parece, por isso, assisado ensaiar fusões contranatura de estados, criando entidades supra nacionais e, consequentemente, supra estatais. Na Europa, começam a sentir-se as consequências do fenómeno.
Lembrei-me disto quando li o artigo de Luís Menezes Leitão, no jornal "i" de hoje. Termina assim: 
"Na verdade, como o estado do processo de integração europeia já está a demonstrar, a integração económica só funciona em épocas de prosperidade, quando há dinheiro para distribuir. Quando a crise chega, a solidariedade acaba e os países querem é proteger os seus cidadãos. E, nesse aspeto, as fronteiras são o instrumento principal para assegurar essa proteção. As fronteiras estão de volta e agora é cada um por si. Habituem-se."

TAL E QUAL, DIGO EU!...
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