terça-feira, 21 de novembro de 2017

UM COIO D' INDIGENTES, D' INDIGNOS E DE CEGOS

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Robert Mugabe foi com o saco. Com 93 anos, depois de décadas no poder exercido com as maiores e inenarráveis arbitrariedades, os militares do Zimbabué resolveram pôr um ponto final na ditadura que prometia continuar, na pessoa de sua mulher.
Falar de Mugabe sempre me lembra de Almada Negreiros e do Manifesto Anti-Dantas, porque uma geração que consente deixar-se governar por um Mugabe é uma geração que nunca o foi! É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração!
O que admiro no movimento militar que pôs — finalmente! — ponto final à ditadura de Mugabe, é a forma inédita como o fez, aparentemente e tanto quanto se sabe, sem violência e derrame de sangue. O general com aspecto jovem que aparece a falar aos órgãos de comunicação social é calmo, de discurso ponderado e sensato, revelando a vontade dos revoltosos de evitar violência, ódio, ou retaliações — coisa frequente em África —, inclusivamente não "correndo" tout court com Mugabe, mas levando-o a resignar com negociações e bons modos.
Mugabe foi e não deixa saudades aos zimbabueanos. A nós também não. Só se lamenta é que em tempos tenha sido recebido em Portugal com todas as honras.
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