quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

FENÓMENOS GALÁCTICOS

.


.
Quando olhamos para o céu numa noite sem nuvens e em local com pouca poluição de luz artificial, vemos muitas estrelas, literalmente e não no sentido figurado. São todas da Via Láctea, a nossa galáxia. Ou, melhor, estão todas nela, mas não são todas dela. Então como é? É a gravidade, como dizia Clinton a Bush.
Acontece que, periodicamente, neste provável 
espaço infinito onde "navegamos", passam por nós outras pequenas galáxias com muito menor massa que a nossa; e, de acordo com a Lei de Newton — matéria atrai matéria na razão directa da massa e inversa do quadrado da distância —, algumas estrelas de tais galáxias passantes são atraídas pela maior massa da Via Láctea e passam a fazer parte do seu património. São estrelas residentes, imigrantes, não nadas aqui. 
Perguntar-se-á como os astrónomos sabem isso e como nós sabemos que eles não estão a aldrabar? É que tais estrelas imigrantes deixam rasto do seu trajecto, os chamados rastos de estrelas, se é assim que os astrónomos traduzem stellar streams. Até recentemente, eram conhecidas duas dúzias de stellar streams; mas na reunião da semana passada da American Astronomical Society, em Washington, foi revelada, comprovadamente, a existência de mais 11 rastos, ou fluxos, novos de estrelas.
Afinal, não é só no futebol que as estrelas mudam de clube: as estrelas propriamente ditas, como os jogadores craques, vão sempre parar a uma galáxia com mais "massa".

.
.

Sem comentários:

Enviar um comentário