quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

O COSTA QUE NÃO É DO CASTELO

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Mais uma vez, António Costa revela o seu subtil tacto político, elegância no fazer e a tradicional esperteza saloia. Costa, como ontem aqui dizia, vive incomodado com a Procuradora-Geral que, ao contrário do seu antecessor, não põe uma pedra em cima dessa cangalhada sem importância que são as borradas feitas pelo Zezito, também conhecido por Zé Sousa, ou Sócrates de Vilar de Maçada, um fantasma que assombra o Largo do Rato.
Como já se leu centenas de vezes na imprensa, cabe ao Presidente da República nomear o Procurador-Geral da República, de acordo com proposta do Governo, se achar esta adequada. Sendo assim, manda a prudência que o Governo cale a boca antes de conhecer a decisão do Presidente face ao nome, ou nomes propostos. Mas Costa não tem sossego enquanto não vir Joana Marques Vidal pelas costas — é que a ilustre magistrada, por mera embirração, não desiste dessa coisa edificante que foram as proezas socráticas, ricardo-salgáticas, baváticas, granadeiráticas e rebabáticas, que quer cantadas por toda a parte, se a tanto a ajudar o engenho e arte. Fora com ela,... fora, fora, diz Costa, que só não é do Castelo porque esse resolvia as coisas a contento dos envolvidos.
Costa — o António — tem-lhe custado a perceber que está metido com um Presidente da República que tem o sétimo ano de praia — literalmente — e até já esqueceu o que Costa anda agora a aprender. Costa faria melhor não bater muitas vezes a mesma tecla porque pode sair-lhe o tiro pela culatra e, quando menos espera, "levar" com Joana Marques Vidal no occipital, o que até rima. E, muitas vezes, o que rima é verdade. E fatal!

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