quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

PORTUGUÊS NÃO É BURRO — ALGUNS . . .

.[...] Quando em 1609 Galileu Galilei construiu uma luneta capaz de aumentar 20 vezes os objetos distantes e teve a ideia de apontar esse instrumento para os céus, não sabia o que iria encontrar. Mas o facto é que esse instrumento permitiu uma série de descobertas que iniciaram uma revolução na astronomia. Primeiro, foram as montanhas da Lua, mostrando que os objetos celestes não eram menos materiais do que a nossa Terra – mais tarde foram as manchas solares, revelando que nem o Sol estava isento de mudança. Seguiram-se os satélites de Júpiter, anunciando que o cosmos não tinha um centro único, e as fases de Vénus, provando que esse planeta não rodava em torno da Terra. Em poucos anos, o novo instrumento revolucionou o nosso conhecimento sobre o universo. 
O mesmo aconteceu com os grandes telescópios do século XX, que revelaram a expansão do universo, e com a radioastronomia, que revelou o ruído de fundo do universo e suportou a teoria do Big Bang.
Tudo leva a crer que o novo espectrógrafo europeu ESPRESSO, a que Portugal está associado desde os momentos iniciais, irá também possibilitar novos desenvolvimentos na astronomia. O aparelho é, em primeiro lugar, um instrumento de medida da velocidade das estrelas e, através dessa medida, um instrumento de descoberta e de estudo de sistemas planetários. Dada a sua extrema precisão, estará também dedicado ao estudo da possível variação de constantes fundamentais de física através da observação de quasar distantes.
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Este é um excerto do artigo que Nuno Crato publica hoje no "Observador" e pode ler aqui. É com satisfação que vemos portugueses envolvidos, de forma a sublinhar, em investigação "de ponta" numa disciplina que atravessa fase de grande progresso. 
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